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Alexandra Leitão diz que “não há trabalhadores a mais na Administração Pública”

António Cotrim / Lusa

A ministra da Modernização do Estado assegura que não há trabalhadores a mais na Administração Pública e assume toda a abertura do Governo para negociar, “com humildade e responsabilidade”, medidas adicionais às inscritas no OE2022.

Em entrevista ao Jornal de Notícias e à rádio TSF, Alexandra Leitão afirmou, tal como muitos outros ministros já referiram nos últimos dias, que “ninguém quer uma situação de crise neste momento” e que “seria desvantajosa para o país”.

“Temos toda a abertura para que se façam as aproximações possíveis, como já foi referido pelo senhor primeiro-ministro e por vários outros membros do Governo, com toda a abertura negocial, com humildade, com responsabilidade para que seja levado a bom porto e para que seja aprovado o Orçamento do Estado”, declarou.

Questionada sobre se há margem para um aumento superior a 0,9% na Função Pública, ou outras medidas, como a revisão do Sistema de Avaliação, a ministra respondeu que a proposta do Governo é “responsável”, estando “alinhada com o aumento da massa salarial”.

“Os 0,9% de aumento associado à normal progressão das carreiras, que estão descongeladas vai para o quarto ano consecutivo, que estão a seguir a sua normalidade, associado ainda a outras medidas, dá exatamente os cerca de 780 milhões de aumento de massa salarial”, continuou.

“Estas coisas têm que ser vistas no global, ou seja, é preciso que os passos sejam responsáveis para que nunca mais seja preciso pôr em causa a normalidade do desenvolvimento das carreiras que, repito, foram descongeladas em 2018, e assim permanecem pelo quarto ano consecutivo.”

Sobre a “pesada máquina” que é a Administração Pública, Alexandra Leitão relembra que já tem dito “muitas vezes que não há trabalhadores a mais“. Na sua perspetiva, é importante sim ir “mudando o seu perfil, para ter cada vez mais jovens qualificados”.

“Temos que qualificar cada vez mais os recursos humanos da administração, para se sentirem motivados e para usarem as ferramentas que a sua formação lhes dá, para servirem melhor os cidadãos”, disse também.

ZAP //

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