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Máquina das bolas japonesa. As pequenas esferas de plástico guardam os detalhes de uma viagem surpresa

As máquinas de venda automática de brindes, conhecidas como gachapon no Japão, têm inovado nos últimos anos. Agora, são os detalhes de uma viagem que estão guardados nas pequenas bolas de plástico.

O valor das bolas dos conhecidos e nostálgicos dispensadores de brindes não se mede pelo objeto que guardam no interior: a excitação de rodar o mostrador, desconhecendo o que nos espera numa minúscula bola de plástico, é uma experiência que vale por si só.

A Peach Aviation, uma companhia aérea japonesa, instalou a sua própria máquina das bolas no distrito de Shibuya, em Tóquio. No interior das esferas, há milhas aéreas para os contemplados desfrutarem de viagens de ida e volta para destinos domésticos a partir do Aeroporto de Narita, na capital japonesa.

Sem surpresa, o processo é totalmente aleatório, e só depois de abrirem a bola é que os clientes descobrem para onde vão. Segundo a Vice, os locais incluem cidades em Okinawa e no norte de Hokkaido.

Cada bola custa 5.000 ienes japoneses (cerca de 37 euros), sendo que o valor das viagens rondam os 6.000 ienes japoneses (45 euros). Através do código impresso numa folha de papel dentro da cápsula, as pessoas trocam as milhas aéreas por bilhetes de avião e reservam online a sua viagem.

Mas as surpresas não ficam por aqui: a bola contem ainda um crachá em miniatura e uma “missão“, para completarem quando chegarem ao destino.

Mao Otani, um estudante universitário de 19 anos que recebeu uma viagem para Hokkaido, tinha como missão preparar o seu próprio katte don, um popular prato de arroz de marisco comprado no Mercado Washo de Kushiro.

Outras missões incluem “comer até cair”, mascarar-se de palhaço de Osaka ou identificar um objeto estranho enquanto caminha ao longo da costa em Ishigaki.

Apesar de ser muito mais fácil comprar um bilhete de avião através do site da companhia aérea, é muito mais divertido usar um dispensador de brindes e esperar até abrir a bola de plástico para saber qual será o destino.

Liliana Malainho, ZAP //

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