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“Querem impedir-me de dar a volta ao país”. Nuno Melo continua os ataques depois do Congresso do CDS ser antecipado

Estela Silva / Lusa

O eurodeputado Nuno Melo, do CDS/PP

Após as farpas lançadas entre Nuno Melo e Francisco Rodrigues dos Santos durante o Conselho Nacional do CDS, o rival do líder do partido acusa-o de antecipar a data do Congresso com um único objetivo: enfraquecer a sua candidatura.

O eurodeputado escreveu uma publicação na sua página do Facebook onde critica a decisão de antecipar o Congresso do CDS para o mês de novembro, uma vez que este estava planeado para janeiro de 2022. A data do Congresso foi aprovada no Conselho Nacional deste fim de semana, com 69% dos votos a favor.

“Num dos momentos políticos e mediáticos mais importantes para a vida de qualquer partido, quando o CDS deveria estar a falar para o país sozinho, debatendo e transmitindo as nossas mensagens e marcas, a direção decidiu partilhar o palco com o André Ventura e o Chega, de que só nos poderíamos querer separar e distinguir, por todas as óbvias razões”. Isto porque o partido de extrema-direita também tem o respetivo Congresso agendado para os dias 27 e 28 de novembro.

Nuno Melo vai um pouco mais longe e diz que “toda a pressa” adiciona outro problema, que é a “violação de regras regimentais”, que “tem uma única razão de ser: impedir-me de dar a volta ao país, falando com militantes e estruturas de Norte a Sul no continente, nos Açores e na Madeira”.

Acrescenta ainda que “seria difícil imaginar maior absurdo do ponto de vista político”, resumindo a marcação do Congresso para novembro como “uma espécie de crime de lesa-partido”.

Ainda assim, no final do seu discurso escrito, o candidato centrista suaviza o discurso e garante que, “num momento em que o CDS está tão fragilizado e dividido”, conta com todos, em caso de vitória, porque está mais interessado em “juntar os mais capazes”.

O principal adversário de Francisco Rodrigues dos Santos apela aos apoiantes que não se deixem levar pelos “muitos ataques pessoais” que antecipa para as próximas semanas, pelos “perfis falsos em redes sociais” e pelos “excessos de linguagem absolutamente desnecessários”.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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