Em 2019 – ano que contou com legislativas, europeias e regionais da Madeira -, vários partidos apresentaram “contas limpas”, sem qualquer irregularidade, em mais do que uma campanha seguida.
A fiscalização da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), consultada pelo Público, revela que, nas campanhas das legislativas e das europeias, PSD e BE apresentaram contas sem qualquer irregularidade. Pelo contrário, Chega e CDS são os que menos cumpriram as regras de financiamento das campanhas.
Além destas duas campanhas, o Bloco de Esquerda apresentou também zero irregularidades nas regionais da Madeira, numas eleições em que o PS e a CDU também cumpriram tudo na íntegra.
O PAN prestou contas sem irregularidades nas eleições europeias, enquanto o Iniciativa Liberal conseguiu o mesmo feito nas legislativas.
Chega e CDS são os mais incumpridores das regras de financiamento das campanhas entre os partidos com assento parlamentar: o primeiro soma uma dúzia de regras violadas, numa altura em que concorreu pela primeira vez à Assembleia da República, e o CDS acumulou 19 irregularidades na soma dos três atos eleitorais.
O diário online refere, no entanto, que as sanções aplicadas aos partidos são desconhecidas, uma vez que o organismo deixou de as publicar.
Na decisão, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos lembra que as campanhas eleitorais só podem ser financiadas por subvenção estatal, contribuições de partidos políticos, donativos de pessoas singulares e produto de atividades de angariação.
Os partidos que “falam” com Deus têm dificuldade em fazer contas…