Os outdoors que enfeitam as ruas de várias cidades do país são um elemento assíduo das eleições autárquicas. A lei impõe regras de afixação de material de campanha eleitoral, mas há um vazio legal quanto aos prazos para a sua retirada.
Já passaram 13 dias desde que os portugueses foram às urnas, mas ainda há outdoors, cartazes ou pendões esquecidos nas ruas do país.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, disse que, até ao início da próxima semana, serão substituídas as lonas dos 19 outdoors e retirados os 120 múpis e cartazes utilizados durante o período de campanha. “Não faz sentido continuar a ter propaganda eleitoral, pese embora a lei não obrigue à sua retirada imediata.”
O coordenador autárquico do Iniciativa Liberal (IL) também assegurou que as lonas dos outdoors começaram a ser retiradas logo após as eleições. “Vemos a política como um ato de responsabilidade. Não podemos deixar lixo visual nas ruas“, afirmou Bruno Mourão Martins ao JN.
Tanto o PAN como o IL vão substituir as lonas por outras mensagens. A esta iniciativa junta-se o Bloco de Esquerda, que está a pensar substituir as imagens dos candidatos às autarquias por mensagens políticas.
Em relação aos múpis, fonte do partido referiu que são colocados e retirados por membros do Bloco. Também ao Jornal de Notícias, o CDS deu a garantia de que “iniciou no dia seguinte às eleições a retirada de todo o material da rua, processo esse que ainda não está terminado”.
O PCP também confirmou que já foi iniciado o “processo de renovação da mensagem de propaganda”, assim como o Chega, enquanto o PS chuta a responsabilidade para as candidaturas locais.
O JN tentou contactar o social-democrata Hugo Carneiro, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.