André Ventura afirmou que se demite “apesar de não ser claro na decisão do Tribunal Constitucional se a eleição do presidente do partido em eleições fica ou não comprometida”.
O líder do Chega anunciou hoje a demissão da presidência do partido, com o objetivo de convocar novas eleições em que se recandidatará, e anunciou que será organizado um novo congresso, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional que, na quinta-feira, deu razão ao Ministério Público e considerou que as alterações estatutárias introduzidas pelo partido no Congresso de Évora, em setembro de 2020, são inválidas.
Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura reagiu à decisão do Tribunal Constitucional salientando que, “apesar de não ser claro na decisão do Tribunal Constitucional se a eleição do presidente do partido em eleições fica ou não comprometida”, o Chega decidiu “não correr mais riscos nesta matéria”. “Apresentarei hoje a minha demissão ao presidente da mesa nacional para provocar novas eleições diretas no partido”, salientou.
O líder do Chega referiu ainda que irá solicitar que as eleições diretas para a presidência do partido sejam convocadas “num prazo o mais breve possível” — apontando para o “final deste mês ou no início do próximo mês novembro”. “Não podemos perder mais tempo com imbróglios jurídicos”. Anunciou que se irá, “naturalmente“, recandidatar–se.
André Ventura salientou ainda que, “para retificar todos os atos que foram feitos e para evitar mais imbróglios jurídicos”, irá também pedir a convocação de um “congresso extraordinário, a realizar após as diretas, no mês de dezembro deste ano”. No entanto, o líder do Chega esclareceu que a reunião acontecerá contra a sua vontade. “Fazemos este Congresso contra a nossa vontade. Isto significa um aplicar de recursos financeiros, políticos e logísticos que todos que fazem parte disto compreendem“, explicou.
Isto é, nitidamente, uma perseguição.