A TAP já está de olhos postos em novos voos para recuperar a sua operação no segundo semestre do ano e no inverno IATA – entre outubro e março.
A empresa “espera progressos em termos de forward bookings [reservas para o médio prazo] e a recente abertura do Brasil deverá representar um aumento importante na mesma curva, mas existe ainda incerteza sobre a sua sustentabilidade”, refere o relatório e contas da empresa.
O documento afirma ainda que a “TAP já apresentou o plano para o seu inverno IATA de 941 voos/semana o que representa um aumento de 91 voos face à oferta atual, retomando as rotas para os EUA e Canada (para além do Brasil)”.
A transportadora área alerta ainda que “estes planos estão baseados num conjunto de pressupostos em termos de fronteiras que caso não se concretizem, comprometem as estimativas”.
Segundo o Jornal Económico, no primeiro semestre, a empresa apresentou prejuízos de 493 milhões de euros, mais 88 milhões face a período homólogo.
Em 2020, a companhia registou um prejuízo de 1,23 mil milhões de euros, um prejuízo doze vezes superior ao registado em 2019, resultado fortemente afetado pela pandemia da Covid-19 e as interdições de voos entre vários países como os Estados Unidos ou o Brasil.
A empresa presidida por Christine Ourmières-Widener destaca que “tem ainda desafios e riscos muitos importantes pela frente que podem impactar a sua performance económica e financeira”.
Nas suas previsões, a TAP diz que tem seguido o cenário moderado de recuperação da IATA que prevê um aumento de 51% nos voos na Europa face aos registados pré-pandemia (em 2019).