Portugal está cada vez mais próximo de atingir os 85% de população vacinada, o que significa que a última fase do processo de desconfinamento está cada vez mais próxima. Mas poderá essa decisão ter alguma influência nos resultados eleitorais do próximo domingo?
Espera-se que a “libertação total” da população aconteça já na primeira semana de outubro. Como tal, a decisão deverá ser anunciada ainda esta quinta-feira.
Amanhã, o Governo pode anunciar o levantamento de várias restrições e o novo quadro de medidas que irá entrar em vigor face à nova taxa de vacinação existente em Portugal e à trajetória de descida da incidência e da transmissão da covid-19.
No entanto, o timing desta tomada de decisão já foi alvo críticas por parte de várias cores políticas.
André Ventura, presidente do Chega, referiu esta terça-feira o primeiro-ministro de protagonizar uma “fraude” por se apresentar como “libertador de Portugal”, aliviando as medidas de contenção da covid-19 perto das eleições autárquicas.
Porém, os especialistas ouvidos pelo Público não acreditam que o possível anúncio de quinta-feira tenha uma grande influência no voto dos portugueses no domingo.
André Freire, professor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE-IUL), realça que os candidatos autárquicos do Partido Socialista (PS) poderão beneficiar das decisões, mas também poderão existir eleitores que acharão que se tratará de “manipulação” tendo em conta a proximidade com a data das eleições.
Já o politólogo António Costa Pinto considera que é normal que estando o país em plena campanha eleitoral, “todos os temas sejam politizados”.
Ainda assim, o investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa não acredita que as novidades que vão sair do Conselho de Ministros influenciem eleitores indecisos.
“É muito pouco provável que tenha qualquer efeito, mesmo numa altura em que os líderes políticos estão a ‘nacionalizar as autárquicas’”, aponta.
Independentemente do tipo de eleições em questão, António Costa Pinto refere que a participação do partido no poder nas campanhas eleitorais varia consoante a conjuntura política.
Mesmo que o Governo anuncie a terceira fase do desconfinamento depois do próximo Conselho de Ministros, ainda não é certo em que data é que as medidas entrarão em vigor.
De recordar que da terceira e última fase do desconfinamento fazem parte medidas como a autorização de funcionamento de bares e discotecas mediante a apresentação de certificado digital ou teste negativo e o fim dos limites máximo de pessoas por grupo nos restaurantes, cafés, pastelarias e nas esplanadas destes espaços.
António Costa, esse indiano malabarista, usa a “libertação pandémica” para influenciar a eleição autárquica.
Não te deixes enganar.
Não votes em candidatos xuxas.
Costa não é enfermeiro. Os serviços de saúde é que vacinam as pessoas. Portanto, aí, não influencia nada. Só se forem pessoas muito débeis da tola é que poderão ser influenciáveis. Já o desconfinar apressadamente, aí, pode ter alguma influência, por estarem em causa setores económicos.