O Governo programa ter executado em 2025 um total de 48 milhões de euros em programas para melhorar acessibilidades no espaço público, serviços e edifícios, no âmbito de contratos assinados esta quarta-feira ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.
O objetivo é promover intervenções na via pública, nos serviços de atendimento ao público, mas também em habitações, por forma a melhorar a acessibilidade para pessoas com deficiência.
Numa cerimónia realizada esta quarta-feira, em Lisboa, em que participaram a ministra do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, foram assinados os programas que servirão de base aos investimentos, Acessibilidades 360º e Plataforma + Acesso.
“É uma forma não apenas de promovermos os diretos das pessoas com deficiência, mas também de deixar claro que estes temas mexem com a economia”, afirmou Ana Sofia Antunes, referindo o montante inscrito no plano apoiado por Bruxelas para recuperar a economia, na sequência da pandemia de covid-19.
De acordo com a secretária de Estado, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) será um parceiro fundamental para que as autarquias operacionalizem os investimentos no terreno.
Entre as várias iniciativas previstas, contam-se a criação de um sistema de georeferenciação para 750 lugares de estacionamento e um call center para cidadãos surdos, à semelhança do que já existe no Serviço Nacional de Saúde.
O programa Acessibilidade 360º tem um orçamento de 45 milhões de euros e o + Acesso conta com três milhões de euros.
Ao apresentar as áreas de intervenção, o presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), Humberto Santos, detalhou que estão previstos 25 milhões de euros para intervenções em vias públicas (praças e passeios), havendo também 10 milhões de euros para criar acessos em 1.500 edifícios públicos, como rampas e instalações sanitárias.
Para melhorar as condições de mil habitações, estão igualmente previstos 10 milhões de euros.
No final do programa, deverão estar incluídos 1.903 imóveis num sistema de georeferenciação, graças a um investimento de 850.000 euros.
Idêntico montante será aplicado em espaços de fruição pública, como universidades ou museus.
Serão investidos 200.000 euros na criação de uma plataforma digital para melhorar o acesso a informação relacionada com apoios, legislação e medidas específicas para os diferentes tipos de deficiência.
De acordo com a ministra do Trabalho e Segurança Social, estes são objetivos para cumprir até 2025. “Os últimos 18 meses vieram mostrar que temos mesmo de acelerar o investimento social”, disse.
“A pandemia também mostrou que podemos fazer melhor do que fazíamos antes. Podemos deitar abaixo burocracia que não servia para nada”, acrescentou, considerando que o prazo de execução é “muito curto”, mas que é possível fazer “transparente, mas rápido”.
Os contratos para executar as diferentes medidas foram assinados pelos presidentes do INR, Humberto Santos, e da Estrutura de Missão “Recuperar Portugal”, Fernando Alfaiate.
// Lusa
Tanto dinheiro, e só nos dão migalhitas de pão podre.