Uma empresa japonesa recorreu a tecnologia holográfica para transmitir os jogos de badminton disputados nos Jogos Olímpicos. As partidas foram “teleportadas” para um espaço a 35 quilómetros de onde estavam a decorrer, em tempo real.
“Esta é a primeira transmissão holográfica de vídeo de um evento desportivo”, escreveu a empresa de telecomunicações num comunicado à imprensa.
Com os adeptos privados de marcar presença nos eventos dos Jogos Olímpicos, perdeu-se a emoção de ver uma partida ao vivo. Os nipónicos da Nippon Telegraph and Telephone (NTT) quiseram trazer um ‘cheirinho’ desse espírito ao recriar os jogos em tempo real através de hologramas.
A tecnologia, chamada “Kirari!”, foi usada para transmitir as partidas de badminton no Miraikan, um museu de ciência do outro lado de Tóquio.
“[Kirari!] Visa proporcionar uma experiência altamente realista de assistir a um desporto competitivo, como se os jogadores estivessem realmente a jogar à frente dos espectadores”, disse a empresa, citada pelo portal Free Think.
Mas, afinal, como é que funciona esta tecnologia futurística? As câmaras do Musashino Forest Sports Plaza captam o encontro; depois, a tecnologia da NTT extrai as imagens dos jogadores e da pena de badminton do vídeo; por fim, esses elementos são enviados para o museu, onde uma combinação de espelhos e tecnologia de projeção é usada para recriar os hologramas na quadra.
Ainda há alguns aspetos da tecnologia que precisam de ser afinados e a empresa japonesa ainda está a trabalhar para tornar a sua tecnologia de holografia económica, disse o engenheiro Shingo Kinoshita à Axios.
A NTT também está a usar cabos de fibra ótica para permitir torcer pelos atletas, remotamente, em tempo real. No entanto, devido à proibição de público nos eventos, a tecnologia ficou em stand by.
Nem todos os trabalhos da NTT são focados em transportar experiências a grandes distâncias. Num projeto com a Intel, o objetivo era melhorar a experiência de visualização dos fãs de vela.
Para isso, foi instalado um monitor 12K de 50 metros de largura na beira da água para que quem esteja em terra possa ver a corrida sem precisar de usar binóculos. Embora não haja adeptos, o ecrã pode ajudar media, treinadores, árbitros e outros intervenientes a ver a ação na água.