O Parque Nacional de Yellowstone voltou a ser fortemente atingido por múltiplos terramotos. No mês de julho cerca de 1.000 tremores foram registados, de acordo com um novo relatório do U.S. Geological Survey (USGS).
Cerca de 1.100 terramotos atingiram o parque norte-americano durante o mês passado, registando a atividade mais intensa desde de 2017.
Ainda assim, os terramotos tiveram uma dimensão muito baixa, sendo que apenas quatro atingiram a magnitude 3 (na Escala de Ritcher), o que significa que foram forte o suficiente para serem sentidos, mas não para causar qualquer estrago.
De acordo com o relatório, há mais boas notícias: nenhum dos terremotos sinaliza que o supervulcão poderá explodir em breve.
“Embora acima da média, este nível de sismicidade não é sem precedentes e não reflete a atividade magmática”, realça o relatório do USGS.
“Se a atividade magmática fosse a causa dos terramotos, esperaríamos observar outros indicadores, como mudanças no estilo de deformação ou emissões térmicas, mas nenhuma dessas variações foi detetada”, realçam os sismológos.
Assim sendo, não há motivo para preocupação, acrescentou o USGS, observando que os tremores de terra provavelmente são o resultado do movimento de falhas preexistentes que existe debaixo do parque.
Os movimentos de falhas podem ser estimulados pelo derretimento da neve, o que aumenta a quantidade de água subterrânea que escoa sob o parque e aumenta os níveis de pressão no subsolo, referiram os investigadores.
O Parque Nacional de Yellowstone é uma das regiões mais sismicamente ativas dos EUA, sendo que é tipicamente atingida por cerca de 700 a 3.000 terramotos por ano. No passado, o vulcão entrou em erupção várias vezes.
O maior terramoto registrado em Yellowstone teve uma magnitude de 7,3 e ocorreu no Lago Hebgen, em 1959, recorda o Live Science.
Se a cronologia dos especialistas estiver correta, o parque irá vivenciar outra grande erupção em cerca de 100.000 anos. Uma erupção deste tipo devastaria todos os Estados Unidos, obstruindo rios com cinzas em todo o continente e causando seca e fome generalizadas.