O governo britânico afirmou estar “a trabalhar urgentemente para verificar” um vídeo que alegadamente mostra a decapitação do refém britânico David Haines.
A vítima, de 44 anos, foi sequestrada o ano passado, quando trabalhava em ajuda humanitária na Síria.
Militantes do Estado Islâmico já decapitaram dois jornalistas americanos, tendo divulgado vídeos dos seus assassinatos.
A 20 de agosto, o Estado Islâmico divulgu o primeiro destes vídeos, com a alegada decapitação do jornalista americano James Foley.
No dia 2 de setembro, a organização divulgou um segundo vídeo, com a execução do jornalista americano Steven Sotloff. As imagens mostram um segundo prisioneiro, britânico, identificado como David Haines.
Segundo a BBC, o governo britânico já informou a família de Haines da investigação acerca do vídeo.
Haines foi feito refém na vila de Atmeh, na província de Idlib, em março de 2013. Trabalhava com a agência francesa Acted, entregando ajuda humanitária, ten trabalhado anteriormente na Líbia e no Sudão do Sul.
Mensagem
A divulgação do vídeo ocorreu horas depois de a família ter feito um apelo directo ao Estado Islâmico a pedir um contacto.
A declaração da família, divulgada pelas autoridades britânicas, dizia: “Nós somos a família de David Haines”.
“Enviámos-vos mensagens e não recebemos resposta. Estamos a pedir aos que mantêm David preso que contactem connosco”.
“Execução foi crime vil e uma terá resposta”
Já este domingo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, denunciou a execução de David Haines como um “assassinato vil” do Estado Islâmico, e prometeu “encurralar” o grupo jihadista que ocupa partes da Síria e do Iraque.
“É um assassinato vil e repulsivo”, declarou Cameron num comunicado publicado por Downing Street.
“Faremos tudo ao nosso alcance para encurralar estes assassinos e fazer com que respondam pelos seus actos, leve o tempo que levar”.
“Penso na família de David Haines, que mostrou uma força e uma coragem extraordinárias diante deste desafio”, disse Cameron.
ZAP / BBC