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Afinal, altos níveis de testosterona não resultam em homens mais bem-sucedidos

Anteriormente, vários estudos relacionaram níveis elevados de testosterona ao sucesso socioeconómico. Contudo, uma ligação é diferente de uma causa e uma pesquisa sugere que este fator pode ser menos importante.

Ao contrário do que se concluiu em outros estudos, em vez de a testosterona influenciar a posição socioeconómico de uma pessoa, é possível que seja uma posição socioeconómica  vantajosa a aumentar a testosterona.

Esta hipótese é corroborada por alguns argumentos plausíveis.

Primeiro, sabe-se que a desvantagem socioeconómica é stressante para qualquer pessoa, e o stress crónico pode reduzir a testosterona.

Em segundo lugar, a forma como uma pessoa olha para o seu status em relação aos outros pode seus influenciar os seus níveis de testosterona. Um exemplo disso é que vários estudos indicam que, na área do desporto, muitas das vezes a testosterona aumenta nos homens que se sagram vencedores de alguma competição, enquanto o mesmo não acontece com os perdedores.

Num estudo com mais de 300.000 participantes adultos, realizado no Reino Unido, uma equipa percebeu que os homens com níveis mais elevados de testosterona tinham uma renda familiar mais alta, viviam em zonas da cidade menos carentes e eram mais propensos a ter um diploma universitário e um trabalho especializado, o que pode explicar a presença mais elevada da hormona.

Os resultados do estudo sugerem que as pesquisas anteriores podem ter sido influenciadas por fatores adicionais, incluindo potencialmente o impacto da posição socioeconómica sobre a testosterona.

As conclusões indicam que – apesar da mitologia social em torno da testosterona – esta pode ser muito menos importante para o sucesso e as possibilidades de vida do que estudos anteriores sugeriram.

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