Catarina Martins criticou o Governo por não investir na produção dos testes mais fidedignos de deteção do SARS-CoV-2.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou esta segunda-feira que “é incompreensível” o Estado voltar a pagar mais pelos testes PCR em laboratórios privados e criticou o Governo por não investir na produção dos testes mais fidedignos de deteção do SARS-CoV-2.
“É incompreensível que se vá pagar mais por testes PCR ou por qualquer outro tipo de teste (…), a tecnologia evoluiu e a produção, de tal forma, que ficou mais barato. Por outro lado, o Estado está a contratar tanto que também devia ficar mais barato”, disse em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião com a administração do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Setúbal.
A dirigente bloquista reagia à manchete do Público, que dá conta de que o Estado voltou a pagar mais pela realização de testes PCR em laboratórios privados, depois de ter acordado a redução do preço com estas entidades.
De acordo com o diário, o Ministério da Saúde acordou no final de maio a redução para 40 euros, que entrou em vigor em 7 de junho. No entanto, a tutela voltou a negociar o preço para 45 euros no final de junho.
O Público acrescentou que não houve qualquer anúncio desta última alteração e que, quando questionou o Ministério da Saúde, a tutela remeteu para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que “enviou uma longa resposta ao Público onde omite os valores e a existência de duas alterações recentes aos preços”.
A propósito desta notícia, a coordenadora do Bloco defendeu que “o Governo deve explicações ao país” sobre a razão pela qual “vai pagar mais por testes PCR, quando todas as condições tecnológicas e de mercado diriam que se devia estar a pagar bem menos”.
Na opinião da dirigente do partido, o executivo socialista está em “situação de refém” por culpa própria, já que Portugal tem “capacidade de produção do que é necessário para fazer os testes”, mas o Governo “decidiu entregar os testes todos a laboratórios privados”.
// Lusa
nada de incompreensível, chama-se corrupção!