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Matos Fernandes diz que excesso de velocidade não “voltará a acontecer”

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António Cotrim / Lusa

O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes

O ministro João Pedro Matos Fernandes afirmou, esta segunda-feira, que já avisou o seu motorista sobre o excesso de velocidade e que tal situação “nunca mais voltará a acontecer”.

O ministro do Ambiente e Ação Climática respondia aos jornalistas após uma cerimónia na Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, sobre ter sido apanhado pela TVI, a 5 de julho, a circular a quase 160 quilómetros por hora (km/h) numa estrada nacional e a 200 km/h na autoestrada.

Não era eu que ia a conduzir e não me apercebi do que estava a acontecer. E isso não me desresponsabiliza em nada”, afirmou o ministro, em declarações às CMTV.

João Pedro Matos Fernandes garantiu também que já falou com o seu motorista e que tal situação “nunca mais voltará a acontecer”.

Na sua primeira reação sobre o assunto, o governante tinha dito à TVI não ter “qualquer memória de os factos relatados terem sucedido”. Ainda assim, segundo o Observador, acrescentou que, se tivessem acontecido, “não deveriam”.

“Reconheço que, por vezes, e com a sinalização de emergência ligada, sei que os limites de velocidade são ultrapassados, apenas por razões de trabalho e para não chegar tarde a compromissos profissionais (…). Comprometo-me a estar mais atento em situações futuras”, afirmou, na altura.

No passado dia 5 de julho, um carro que transportava o ministro do Ambiente e da Ação Climática foi apanhado a circular a 200 km/h na Autoestrada 2 (A2).

As imagens, reveladas pela TVI, mostram o BMW Série 5 de 2021, conduzido pelo motorista do gabinete do ministro, a circular a cerca de 160 km/h na estrada nacional que dá acesso à A2, à saída de Beja, cujo limite máximo é de 90 km/h.

Em causa está uma contraordenação grave, que pode implicar a perda de dois pontos na carta de condução e uma coima entre os 120 e os 600 euros.

ZAP // Lusa

9 Comments

  1. Pois claro… só “não volta a acontecer” porque foi apanhado. Mais um exemplo do “bananismo” da nossa República. Certamente nunca teria acontecido caso houvesse algum tipo de responsabilização igual à do comum cidadão. A mensagem para a sociedade: Nós políticos no poder, decidimos as nossas próprias consequências. Estamos acima de todos vocês.

    • “Certamente nunca teria acontecido caso houvesse algum tipo de responsabilização igual à do comum cidadão”
      Claro, porque o “cidadão comum” nunca anda em excesso de velocidade… eu que o diga, que ainda há pouco fui “responsabilizado” por isso mesmo…

  2. Ja sei o que dizer ao Sr Agente quando for apanhado em excesso de velocidade :”peço desculpa Sr guarda, não volta a acontecer, prometo” e pronto, problema resolvido, não se fala mais nisso.

  3. Vergonha! A atirar a culpa para o motorista como se este é que decidisse a que velocidade é que o carro vai.
    É só mentirosos e incompetentes. Governo vergonhoso!

  4. Se alguma vez for apanhado em excesso de velocidade, ja sei o que dizer ao polícia: “Sr guarda, peço desculpa, não voltará a acontecer” et voilá, assunto encerrado, não se fala mais nisso e cada um vai à sua vida…

  5. Ainda não percebi a excecionalidade autoatribuída pelos políticos e ministros de poderem circular a 200 Km/h, desde que liguem o pirilampo, para chegarem a horas a reuniões “urgentes”. Os limites de velocidade, a segurança pública e a prudência ficam para a arraia-miúda e não se lhes aplicam. As multas também não.
    Não podiam, sei lá, sair de casa uma hora mais cedo? Isto está cada vez melhor!

    • Não, isso não é verdade. Não basta ligar o pirilampo. É preciso fazer-se acompanhar de batedores.
      Lanço já aqui um desafio.

      Daqui para a frente filmem todos os carros nessas circunstâncias que vejam nas autoestradas, estradas nacionais, etc e publiquem nas redes sociais! Se a polícia não os pode penalizar, podemos nós na opinião pública.

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