O calor continua sem dar tréguas em vários estados dos EUA. Incêndios e falta de recursos têm sido uma constante e as autoridades já fazem apelos.
Com a previsão de que a onda de calor irá continuar a assolar o país, no início desta semana, as autoridades americanas pediram que a população do oeste limitasse o consumo de energia.
Após atingir picos de cerca de 54°C durante o fim de semana no Vale da Morte, a temperatura poderá bater um novo recorde em algumas regiões da Califórnia.
A Califórnia, que conta com uma infraestrutura elétrica envelhecida, quer evitar que milhões de pessoas voltem a ficar sem energia, como já ocorreu em anos anteriores.
Neste sentido, na semana passada, o governador do estado já tinha pedido à população que diminuísse o consumo de água em 15% e agora os pedidos voltam a surgir.
A onda de calor teria sido quase impossível sem o aquecimento global causado pelo homem, concluíram na semana passada investigadores da iniciativa World Weather Attribution, que reúne especialistas de institutos de pesquisa de todo o mundo.
No entanto, o oeste americano, está encurralado num círculo vicioso devastador. O solo e a vegetação secos criam as condições para o aumento das temperaturas. As ondas de calor recorrentes e a redução das chuvas em algumas regiões também são a combinação ideal para o surgimento de incêndios.
O norte da Califórnia sofre atualmente com múltiplos incêndios avivados pelo calor e o aumento dos ventos. O “complexo Beckwourth”, uma combinação de incêndios provocados por raios, já devastou mais de 36 mil hectares.
Assim, cerca de 60 mil hectares converteram-se em cinzas por causa do chamado Bootleg Fire no estado vizinho do Oregon.
Também algumas províncias do Canadá têm sofrido com o calor, mas as autoridades preveem que a situação será menos agressiva do que a onda que ocorreu há três semanas.
No país, o número de incêndios florestais também aumentou. O governo anunciou medidas para limitar até 31 de outubro a circulação de comboios nessa região, onde as estradas foram fechadas.
ZAP // AFP