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“Sr. ministro, mãos à obra.” Pedro Nuno e Costa traçam fasquia alta numa “revolução” da habitação

Mário Cruz / Lusa

Só na parte da habitação, o ministro das Infraestruturas tem 16% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para executar.

No final da assinatura de protocolos entre o ministério das Infraestruturas e Habitação e da Defesa, para a cedência de edifícios militares com vista à habitação, António Costa disse a Pedro Nuno Santos: “Senhor ministro, mãos à obra porque temos um calendário muito exigente a cumprir e uma grande ambição que é assegurar habitação condigna.”

Segundo o Expresso, o objetivo do primeiro-ministro é garantir habitação para 26 mil famílias nos 50 anos do 25 de abril. Contudo, com o dinheiro do PRR, Costa quer ir além das 26 mil casas.

“Nos sete contratos já assinados, temos um investimento para 25.800 fogos, que ultrapassam aquilo que foi previsto em 2018. Daí a importância deste programa. Temos de financiar mais de 26 mil fogos”, argumentou.

A fasquia na área da habitação é alta e Pedro Nuno Santos, apesar de querer fazer uma “revolução”, avisa que “não há bala de prata”. “Nesta grande colaboração vamos conseguir vencer um dos maiores atrasos que temos em termos de política pública coletiva. É uma revolução que estamos a fazer”, disse o ministro.

O semanário adianta que, no total, para investimentos via Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), há 2.162 milhões de euros para os três programas de habitação: 1.º Direito, o programa de apoio ao acesso à educação; parque público, que é a reabilitação e construção de habitação do Estado; e Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário).

Com este investimento, o PRR pode assim pagar os 26 mil fogos.

“Fomos os primeiros a entregar o PRR, fomos os primeiros a ter luz verde da Comissão Europeia e seremos dos primeiros a ter o nosso plano aprovado pelos ministros das Finanças da União Europeia no próximo dia 13. Mas, agora, temos de ser os melhores a pôr em ação este PRR”, acrescentou ainda António Costa, esta sexta-feira.

No seu discurso, o primeiro-ministro acrescentou que o plano “não parte do zero, porque está ancorado nas opções estratégicas definidas na anterior legislatura”, dando como exemplo “o objetivo de uma nova geração de políticas de habitação”.

“O investimento em habitação resolve desde logo um problema fundamental: O direito à habitação. Mas este investimento tem uma componente de ativação económica e de potencial absorção do desemprego muito significativo. É urgente que exista impacto económico rápido neste processo de recuperação”, salientou.

ZAP // Lusa

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