A Inglaterra garantiu hoje a presença nas meias-finais do Euro2020 de futebol, depois de golear a Ucrânia, por 4-0, num jogo em que a equipa britânica teve entradas de rompante nas duas etapas do desafio.
A Inglaterra vai defrontar a Dinamarca nas meias-finais do Euro2020 de futebol, depois de golear a Ucrânia, por 4-0, em jogo dos quartos de final, disputado em Roma.
O triunfo do conjunto dos três leões foi conseguido com os golos de Harry Kane (4 e 50 minutos), Harry Maguire (46) e Jordan Henderson (63), que agora, na próxima fase da competição, disputada em Londres, vão defrontar a Dinamarca, que também hoje eliminou a República Checa.
A Ucrânia, que para chegar a esta fase da competição tinha afastado nos oitavos de final a Suécia, sai da prova vergada por um resultado pesado, que a pune por alguma permeabilidade defensiva, nomeadamente nas bolas paradas.
Marcar cedo para evitar surpresas
It’s coming home”, cantam os ingleses em euforia, e dá a ideia que desta vez essa é mesmo uma realidade possível.
A selecção dos “Três Leões” era ultrafavorita para este encontro e deu uma demonstração inequívoca de superioridade, garantindo a presença na semifinal de um Europeu pela primeira vez desde 1996 e ostentando agora um incrível (e histórico) “score” de oito golos marcados e nenhum sofrido em cinco jogos disputados. Segue-se agora a surpreendente Dinamarca em Wembley.
O golo madrugador de Harry Kane permitiu aos ingleses ficarem confortáveis na partida, num cenário que se verificou em toda a primeira meia-hora, na qual somaram cinco remates (dois enquadrados) e 11 acções na área adversária, bem como quatro acções defensivas no meio-campo contrário.
A mudança de sistema táctico nos ucranianos, porém, mexeu com o jogo e tornou os comandados de Andriy Shevchenko bem mais perigosos, como o atestam os números finais no primeiro tempo: cinco remates, 11 acções na área adversária (tal como Inglaterra) e dois cantos (contra zero ingleses).
As esperanças ucranianas de uma reviravolta esfumaram-se logo no primeiro minuto do segundo tempo: o golo de Harry Maguire logo a abrir e o bis de Kane quatro minutos depois arrumaram a questão e devolveram a tranquilidade e confiança aos ingleses, que a partir daí reassumiram o controlo total da partida.
Tremenda eficácia dos homens de Gareth Southgate, com quatro remates enquadrados em cinco tentativas (e três golos) e seis acções defensivas no meio-campo adversário: números que ilustram o volume ofensivo do jogo inglês nos segundos 45 minutos.
Melhor em Campo
Num daqueles insondáveis mistérios do futebol, Harry Kane vinha sendo criticado por ter ficado em branco na fase de grupos.
Pois bem: o goleador do Tottenham pôs fim à “seca” frente à Alemanha e este sábado festejou em dose dupla, repetindo o que havia feito no Mundial da Rússia e igualando Alan Shearer como o segundo melhor marcador inglês em fases finais, com nove tentos (a um de Gary Lineker).
Como se tudo isto não bastasse, registou ainda aproveitamento total em duelos aéreos ofensivos (três) e uma eficácia de passe de 84%, justificando totalmente o incrível GoalPoint Rating de 9.0.
Destaques da Ucrânia
Evgen Makarenko 6.0 – Lançado aos 64 minutos, fez a primeira aparição na prova e mostrou que talvez merecesse mais tempo de jogo, nomeadamente com o remate fortíssimo a obrigar Pickford a uma belíssima intervenção. Registou ainda três recuperações de posse.
Vitaliy Mykolenko 5.7 – O lateral-esquerdo do Dínamo de Kiev contabilizou três passes valiosos e igual número de acções defensivas no meio-campo inglês, mas também cinco desarmes, quatro intercepções, dois alívios e outros tantos bloqueios de remate.
Oleksandr Zinchenko 5.1 – A jogar no meio-campo, ao contrário do que acontece no Manchester City, somou três passes valiosos e duas acções com bola na área contrária, registando ainda quatro recuperações de posse.
Destaques da Inglaterra
Harry Maguire 7.1 – No único remate enquadrado, estreou-se a marcar em fases finais num dos dois duelos aéreos ofensivos em que esteve envolvido (levou a melhor em ambos). Com uma eficácia de passe impressionante (88 certos em 91 tentativas), somou seis passes aproximativos e cinco variações de flanco.
Raheem Sterling 6.7 – Com a assistência para o golo inaugural, o atacante do Manchester City estava por essa altura envolvido directamente em 80 por cento dos tentos de Inglaterra na prova. Destacou-se ainda pelas acções com bola na área contrária (seis), mas também a nível de desarmes (três).
Luke Shaw 6.3 – Criticado por José Mourinho pelas dificuldades no cruzamento, o esquerdino do Manchester United tem contrariado essas afirmações em campo: são já três assistências para golo na prova – com as duas nesta partida tornou-se o segundo inglês a fazê-lo num Europeu desde Beckham em 2000 (frente a Portugal).