Governo britânico descarta referendo à independência da Escócia antes de 2024

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não vai autorizar um novo referendo à independência da Escócia antes das próximas eleições gerais, previstas para 2024, afirmou esta quarta-feira o ministro de Estado britânico, Michael Gove.

Em entrevista ao jornal The Daily Telegraph, o ministro disse “não ver” como poderá ser convocada uma nova consulta popular tendo em conta que foi realizada uma em 2014, quando 55% dos escoceses votaram para permanecer no Reino Unido.

A intenção da primeira-ministra da Escócia, a nacionalista Nicola Sturgeon, é aprovar uma proposta de lei no Parlamento regional para a realização de um segundo referendo ainda nesta legislatura, após superada a crise da pandemia covid-19.

Para Gove, que é responsável pelas relações com a Escócia e as outras regiões (País de Gales e Irlanda do Norte), seria “imprudente e tolo” realizar uma nova consulta enquanto o país recupera da pandemia.

“Acho estúpido falar de um referendo agora, quando estamos a recuperar-nos da covid-19”, disse Gove, acrescentando que o primeiro-ministro “está totalmente empenhado em garantir que, durante a legislatura deste Parlamento, as oportunidades económicas aumentem e as pessoas tenham a oportunidade de melhorar as suas vidas”.

Para realizar um referendo à independência, apesar de ter autonomia para questões como a Saúde ou Educação, o Executivo escocês precisa da autorização do Governo britânico.

O SNP argumenta que a saída do Reino Unido da União Europeia, à qual 62% dos escoceses se opuseram, alterou as circunstâncias e justifica uma nova consulta popular.

Em maio, Boris Johnson já tinha recusado qualquer possibilidade de realizar um novo referendo de independência na Escócia, depois de considerar que dar àquele país poderes de independência foi “um desastre”.

ZAP // Lusa

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