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Costa falou com Pedro Nuno Santos e Ana Catarina Mendes para evitar escalada de tensão no PS

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Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

O congresso dos socialistas está agendado para 10 e 11 de julho e António Costa quer evitar uma discussão sobre a sua sucessão. A estratégia passa por acalmar o clima entre o ministro Pedro Nuno Santos e a líder parlamentar Ana Catarina Mendes. 

Duas fontes revelaram ao semanário Expresso que António Costa, secretário-geral do Partido Socialista, falou com Pedro Nuno Santos e Ana Catarina Mendes, após o programa “Circulatura do Quadrado”, de forma a evitar uma escalada de tensão entre ambos, especialmente no congresso agendado para dias 10 e 11 de julho.

O objetivo do socialista é manter o PS e os seus sucessores com baixa tensão até que se retire, ainda que não haja calendário para o início da era pós-Costa.

Da ala mais à esquerda, fala-se no nome de Pedro Nuno Santos para substituir o dirigente. Já da ala mais moderada, há nomes em cima da mesa que, no entanto, não causam onda: Fernando Medina, Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva ou até Francisco Assis.

Apesar das diferenças que separam os potenciais candidatos, não tinha havido disputas em público até a líder parlamentar do PS ter decidido quebrar a regra no programa “Circulatura do Quadrado”.

Ana Catarina Mendes considerou que a reação de Pedro Nuno Santos a uma crítica do CEO da Ryanair tinha sido “truculenta”, pedindo-lhe mais “recato, sensatez e bom senso”. O ministro respondeu apenas que era “incapaz de criticar em público um camarada”.

Ao semanário, vários dirigentes socialistas consideraram que a atitude da socialista fragilizou o Governo. “Quem tem falsas partidas acaba desclassificado”, disse um dirigente de topo, que contou que a relação entre Ana Catarina e Costa já conheceu melhores dias.

O tiro que a líder parlamentar do PS quis dar no ministro acabou por fazer ricochete. A sua atitude foi criticada, tanto em público como em privado, tendo Ascenso Simões, deputado do PS, enviado um e-mail a todos os deputados socialistas com uma reação dura, dizendo que se estava a “deslaçar o grupo parlamentar e a criar guerras desnecessárias”.

António Costa quer manter o partido o mais unido possível, mas a agitação começa a dar sinais no seio do PS.

ZAP //

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