Manuel de Almeida / Lusa

Portugal tinha a meta para 2020 de ter 14% de áreas marinhas protegidas, mas tem apenas 7%. O ministro do Mar garante que proteger 30% até 2030 é um compromisso que Portugal não pode falhar.
O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, falou ao Expresso sobre os compromissos europeus para uma Economia Azul em linha com o Pacto Ecológico Europeu e sobre a Estratégia Nacional para o Mar.
Este terça-feira, há uma reunião ministerial sobre Política Marítima Integrada, que se realiza no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. O ministro diz que desta reunião espera-se “o reforço de um compromisso com esta política marítima integrada, assente nas agendas e estratégias novas que apoiam a economia circular, a poluição zero e a defesa da biodiversidade”.
A meta para 2020 era ter 14% de áreas marinhas protegidas, mas Portugal só tem 7%. O objetivo da Estratégia Europeia para a Biodiversidade é chegar a 30% em 2030.
“Proteger 30% do nosso mar é um compromisso internacional e europeu e Portugal não pode falhar”, disse Ricardo Serrão Santos, reconhecendo que a meta de 14% não foi cumprida, justificando com a dificuldade da negociação de medidas compensatórias com as pessoas dos setores.
Um dos objetivos da Estratégia Nacional para o Mar é tornar as pescas e a nossa alimentação mais sustentável. O governante diz que não pode “obrigar a preços artificiais para favorecer determinado setor”, mas que estão a ser feitos esforços para promover mercados de proximidade e dar apoio a pescarias sustentáveis.
Serrão Santos salientou ainda que “não temos a tecnologia nem o conhecimento” para uma exploração sustentável dos fundos marinhos, conhecida como deep sea mining. “Não sabemos sequer se há depósitos na nossa plataforma continental”, acrescentou.