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“Miss Hitler” entre os detidos de rede neonazi ligada a Portugal. Planeavam atacar NATO

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Itália identificou uma rede neonazi com ligações a Portugal e está a investigar 12 dos seus membros que faziam propaganda antissemita na Internet e planeavam um ataque contra instalações da NATO, com explosivos artesanais. A “Miss Hitler” está entre os detidos. 

A operação, levada a cabo pelo comando especial dos Carabineiros (polícia militarizada italiana), resultou na identificação de 12 militantes neonazis entre os 26 e os 62 anos.

Entre os detidos está Francesca Rizzi, eleita “Miss Hitler” num concurso russo onde participou como “Miss Eva Braun”, que tem tatuada nas costas uma grande suástica com uma águia e que foi, recentemente, acusada de insultar a senadora Liliana Segre, sobrevivente de Auschwitz.

Francesca Rizzi esteve em Portugal em 2019, para participar numa conferência nacionalista organizada pela Nova Ordem Social, o movimento de extrema-direita fundado por Mário Machado e que foi, entretanto, suspenso.

Nessa altura, Rizzi destacou-se pela sua intervenção de retórica antissemita na conferência, como reportou a revista Sábado.

Rizzi e os outros 11 detidos deverão apresentar-se diariamente às autoridades como medida de coação, enquanto avança a investigação sobre as suas atividades.

As autoridades fizeram buscas às habitações dos suspeitos e encontraram indícios de que estariam a preparar um ataque a instalações da NATO com recurso a explosivos fabricados de forma artesanal.

Segundo os Carabineiros, esses engenhos explosivos foram feitos “com instruções retiradas da Internet, em colaboração com alguns militantes de grupos estrangeiros semelhantes, activos em Portugal.

Registaram-se também casos de instigação à agressão de judeus e imigrantes.

A investigação levou ainda ao bloqueio de vários grupos no Facebook e na rede social russa VKontakte e de um outro na aplicação WhatsApp, nos quais eram difundidas mensagens, vídeos e imagens racistas, antissemitas e negacionistas, segundo um comunicado da polícia.

Nas redes sociais, estes grupos chamavam-se “Ordem Ario Romano” e Judenfreie Liga (Liga Livre de Judeus) e era através deles que os militantes organizavam as suas ações.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Era prendê-los de imediato, não só em Itália, mas em toda a Europa, essa escória de pessoas não devem de andar à solta.

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