Numa aparente aproximação aos seus antigos parceiros de geringonça, António Costa diz que “não podemos sair desta crise com a legislação de trabalho que tínhamos quando esta crise começou”. Mas a esquerda não se deixa convencer.
Na moção que apresentou ao próximo congresso do PS, intitulada “Recuperar Portugal, garantir o futuro”, António Costa salienta que o PS deve “assumir a revisão da legislação laboral para regular adequadamente as novas formas de trabalho e assegurar direitos laborais e de proteção social a estes trabalhadores”.
Além disso, sublinha a necessidade de “combater o recurso abusivo ao trabalho temporário aumentando a responsabilização dos utilizadores, com maior transparência e prestação de informação e reforço da estabilidade laboral dos quadros das empresas de trabalho temporário”.
Mas tanto o PCP como o Bloco de Esquerda não se deixaram convencer pelas intenções do primeiro-ministro.
“Assumir a revisão da legislação laboral seria sempre uma boa notícia, mas na verdade, lendo o resto da moção que é apresentada ao congresso, o que registámos é que não há nenhuma novidade no PS“, refere o partido de Catarina Martins, citado pelo Diário de Notícias.
Os bloquistas consideram necessário fazer alterações, na mesma lei ou noutra, sendo essencial “que se revoguem as medidas de corte nas indemnizações por despedimento introduzidas na lei durante a vigência da troika”.
Para Jerónimo de Sousa, António Costa “não dá a cara com a careta” uma vez que “ainda há dois anos se juntou ao PSD e ao CDS para alargar o período experimental por seis meses”, uma opção que levou “a que milhares de jovens fossem despedidos mal começou a epidemia”.
Este é “o mesmo PS que vota contra as iniciativas” do PCP “para pôr fim à caducidade da contratação coletiva, sabendo que essa é a fonte da desregulação”, disse.
Deixem os Camaradas do PCP continuar a governar este País através do A Costa. No fim, vamos todos perceber que Portugal pertence ao Funcionalismo Público. Só falta a aprovação da tão desejada Regionalização para colocar todos os amigos e familiares da Geringonça.
Coitados dos trabalhadores, e coitados dos pobres, sejam eles públicos ou privados, são isco dos votos.