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Ana Gomes acusa Marcelo de “respaldar” Sissoco Embaló, um “serventuário do terrorista Khadaffi”

André Kosters / Lusa

O Presidente da República inicia, esta segunda-feira, uma visita à Guiné-Bissau. Ana Gomes critica Marcelo Rebelo de Sousa por “respaldar” Umaro Sissoco Embaló, Presidente guineense.

Com esta visita, Marcelo Rebelo de Sousa vai “respaldar” Umaro Sissoco Embaló, um “autoproclamado” chefe de Estado. Citada pelo Público, Ana Gomes acusa-o de ter sido um “serventuário do terrorista Khadaffi, que nada melhorou as condições do povo, que persegue jornalistas e facilita a vida a traficantes de droga”.

A socialista não compreende a visita do chefe de Estado português a um país presidido “por um sujeito com antecedentes altamente questionáveis” e que está no poder após um processo eleitoral “que não deixou chegar ao fim”.

“Ou é uma visita para afagar egos ou então para respaldar um homem que viola os Direitos Humanos”, afirmou ao diário.

Em junho, na SIC Notícias, a diplomata e ex-candidata à Presidência da República disse que o Presidente português “escolheu respaldar” um “indivíduo que tem antecedentes de narcotráfico, até de ligações a grupos terroristas, etc”.

“Estou a falar de Sissoco Embaló”, frisou, na altura. As declarações custaram-lhe um processo-crime por difamação, instaurado pelo Presidente da Guiné-Bissau.

Marcelo Rebelo de Sousa iniciou, na segunda-feira à tarde, a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau enquanto Presidente da República, com um programa intenso, que inclui encontros institucionais, com a comunidade portuguesa e uma homenagem aos antigos combatentes portugueses.

“Vou à Guiné-Bissau, para onde tinha convite já muito antigo”, afirmou na semana passada o chefe de Estado, que em outubro de 2020 recebeu em Lisboa o Presidente guineense, também em visita oficial.

Marcelo estará na capital guineense até ao fim desta terça-feira. Vai encontrar-se com o seu homólogo, Umaro Sissoco Embaló, que o receberá no Palácio da Presidência, em Bissau, para um encontro seguido de declarações à imprensa e de um almoço.

Liliana Malainho, ZAP //

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