Cerca de 50 imigrantes que trabalham na agricultura em Odemira foram realojados durante a noite no complexo turístico Zmar e na Pousada da Juventude de Almograve, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.
Segundo o responsável da Proteção Civil no Alentejo, José Ribeiro, no Zmar foram realojadas cerca de 30 pessoas e na Pousada da Juventude 21. Todas as pessoas deste grupo estão negativas para o novo coronavírus.
De acordo com o semanário Expresso, o realojamento no Zmar foi feito com recurso a um “contingente musculado de homens armados e cães” da GNR, “para entrar de forma forçada no empreendimento”.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a GNR explica que a sua atuação surge em resposta a um pedido da Proteção Civil Municipal de Odemira “para garantir as condições de segurança no transporte dos cidadãos a deslocar para as instalações do Zmar”.
A guarda indicou ainda que a operação, que decorreu pelas 04h00 e “sem incidentes”, contou com o reforço do Comando Territorial de Beja e da Unidade de Intervenção.
Na sexta-feira, o Governo determinou “a requisição temporária, por motivos de urgência e de interesse público e nacional” da “totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes” que compõem o complexo turístico para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu “isolamento profilático”.
Das 260 casas existentes, 160 são de privados, que têm protestado contra a decisão do Governo. Esta quarta-feira, o advogado que representa este grupo revelou que interpôs uma providência cautelar contra a fundamentação da requisição temporária.
Entre os argumentos a contestar está o facto de, “no documento” do Executivo, este “dizer que dialogou com os proprietários”. “Disseram que conversaram connosco antes e que nunca chegaram a acordo. Isso é mentir, nunca falaram connosco“, argumentou Nuno da Silva Vieira.
Já esta quinta-feira, em declarações ao jornal online Observador, o advogado revelou que o Governo quis substituir a requisição civil por um acordo com os proprietários e que não consegue compreender a operação levada a cabo durante a madrugada.
“Não consigo compreender que estejam a negociar comigo este acordo e, durante a noite, o Ministério da Administração Interna rebenta com este diálogo“, lamentou. O advogado denunciou ainda a atuação “completamente desproporcional” das autoridades, que destruíram a vedação e o portão do complexo.
“Todo este corredor policial aconteceu a dois metros da casa dos meus clientes. As crianças foram acordadas às 03h00, os cães da polícia ladraram até às 06h00. Ninguém dormiu. É uma falta de sensatez que eu tenho dificuldade em caracterizar”, atirou, acrescentando que admite usar os meios ao seu dispor, avançando para os tribunais.
Em declarações à SIC Notícias, alguns dos moradores revelaram “um misto de surpresa e deceção” com esta operação e consideraram que foi “surreal todo o aparato” e um “espetáculo deplorável”.
ZAP // Lusa
De forma imparcial devemos preocupar-nos com este tipo de intervenção, onde parece que foi usada força excessiva e desproporcionada. Parece, claramente, um abuso do poder, típico de um regime ditatorial. Afinal, mesmo em pandemia somos um Estado de Direito e uma Democracia. Os fins não justificam os meios.
Se “parece” pode ter acontecido – ou não!!
Logo, o restante raciocínio vale o que vale…
Método Cabrita:
1- Trabalhar mal, meter os pés e fazer asneira da grossa.
2- Berrar, muito, que a culpa é dos outros.
3- Não corrigir nada. Pelo contrário, mandar a Polícia e largar os cães.
Mais um bocadinho e havia razão para dizer que o indivíduo é uma besta…
O Cabrita é um autêntico totó e nunca devia sequer ter chegado perto de um cargo tão importante, mas, voltando ao meu comentário anterior, não foi usada qualquer força, muito menos excessiva!
O entre o “parecer” e o “ser” ainda vai alguma distância…
Concordo
Neste caso justificaram. Tudo isto teria sido evitado se algum político tivesse lá um espaço.