Depois da deputada socialista Constança Urbano de Sousa, também a líder do grupo parlamentar do PS considerou “injustas” as declarações do ex-ministro João Cravinho.
No programa “Circulatura do Quadrado”, da TVI, Ana Catarina Mendes, líder do grupo parlamentar do PS, disse que as declarações do ex-ministro das Obras Públicas João Cravinho eram “injustas” e assegurou que as coisas não aconteceram assim.
“São afirmações injustas, porque eu acompanhei, na altura, e várias das propostas de João Cravinho não só foram adotadas, como algumas até deram passos maiores”, explicou Ana Catarina Mendes, numa referência à proposta da Comissão de Prevenção da Corrupção e que culminou no Conselho de Prevenção da Corrupção.
Segundo a socialista, o ex-governante foi responsável por “um conjunto de coisas que foram aprovadas” e só não se avançou mais, inclusivamente para a questão do enriquecimento ilícito, pelo travão do Tribunal Constitucional.
“Portugal não é um país de corruptos, há corrupção e ela tem de ser combatida, não apenas com o enriquecimento ilícito, e é preciso que não se caia na tentação de que, cada vez que há um problema, vai-se a correr legislar”, atirou Ana Catarina Mendes, acrescentando que ainda há “diversas demagogias” sobre o tema.
Estas declarações surgem depois de o ex-ministro das Obras Públicas João Cravinho, que criou um Plano Anticorrupção em 2006, ter garantido, em entrevista ao Polígrafo SIC que este só não avançou porque o então primeiro-ministro José Sócrates não quis.
“A visão política, a convicção política, os atos políticos de José Sócrates, como primeiro-ministro e como secretário-geral do Partido Socialista, que era a obrigação dele ao Parlamento… A visão política dele era de não combate à corrupção“, assegurou o ex-governante.
Depois desta entrevista, a vice-presidente da bancada do PS, Constança Urbano de Sousa, disse, em declarações à TSF, que o ex-ministro “deve estar com a memória um pouco afetada”.
A deputada socialista argumenta que o pacote Cravinho “foi praticamente todo concretizado” e o PS não tem de ter vergonha nem medo, mas antes “muito orgulho” de falar sobre corrupção.
“Não temos nenhum medo e temos muito orgulho em combater [a corrupção], porque temos a consciência tranquila de que as leis que existem neste país de combate à corrupção sempre tiveram o cunho do Partido Socialista”, garantiu.
“Desde há muitos anos, há décadas, diria eu, quase praticamente toda a legislação que nós temos hoje no domínio da luta contra a corrupção foi aprovada pela mão do Partido Socialista”, disse Constança Urbano de Sousa.
“A única medida do chamado pacote Cravinho que não foi aprovada e que o PS não apoiou foi a do enriquecimento ilícito, por ser considerado inconstitucional, e que depois foi considerado inconstitucional duas vezes”, acrescentou.
Portugal não é um país de corruptos, é sim um país de políticos corruptos!
Nada disso…….. A Sra. Deputada, vem de explicar que a culpa é do T.C !….Portanto talvez seja a Constituição a Corrupta, mas como os Pais da Constituição são o Parlamento e p P.R, que tem o poder de Legislar. Fica tudo na mesma !