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Dezenas de pessoas estiveram presentes no último adeus do “sempre fundamental” Jorge Coelho

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Rodrigo Antunes / Lusa

Várias dezenas de pessoas compareceram este sábado de manhã na Basílica da Estrela para a missa de corpo presente do antigo dirigente e ministro socialista Jorge Coelho, “um elemento sempre fundamental nos momentos mais difíceis da vida do PS”.

As palavras foram do primeiro-ministro, António Costa, uma das principais figuras da vida política que este sábado marcaram presença na Basílica da Estrela, para assistir à missa que antecedeu a saída do cortejo fúnebre para Mangualde, no distrito de Viseu, onde é aguardado a partir das 13h30 horas.

“No Partido Socialista estamos todos ainda profundamente emocionados e estaremos para sempre, porque ele foi para sucessivas gerações uma referência, um guia, um amigo, um companheiro e um elemento sempre fundamental nos momentos mais difíceis da vida do PS, seja na construção das alegrias, seja a suportar as tristezas que a vida política também necessariamente comporta”, disse António Costa, à saída da igreja.

O primeiro-ministro já tinha estado presente no velório de Jorge Coelho, na noite de sexta-feira, juntamente com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e várias outras figuras quer do meio político, como atuais e ex-dirigentes do Partido Socialista, quer de outros setores de atividade.

“Muito para além da política, na atividade profissional, na atividade empresarial, na sua terra, no desporto, seguramente teria muito gosto em este ano, provavelmente, festejar a vitória no campeonato do seu clube de sempre, a que sempre se dedicou e, portanto, é natural que tendo feito tantas amizades em todo o sítio por onde passava“, tenha tido “esse condão” de reunir na sua despedida pessoas dos mais diversos quadrantes, destacou Costa.

Jorge Coelho, ex-ministro nos dois governos liderados por António Guterres (1995/2002), que atualmente se dedicava à atividade empresarial e que estava há vários anos afastado da vida política ativa, morreu na quarta-feira, aos 66 anos, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, vítima de ataque cardíaco fulminante.

O primeiro-ministro rejeita, contudo, a ideia de que o antigo ministro das obras públicas estivesse afastado da vida política ativa.

Esteve sempre ativo, nunca foi uma pessoa que deixasse de estar ativa e também necessariamente na vida política. Sei por mim próprio, que tive o privilégio de o poder ouvir muitas vezes, ainda recentemente, quando das opções que tivemos de fazer sobre as eleições presidenciais. Teve sempre muito empenho nas candidaturas autárquicas do PS e, em particular, com as pessoas com quem tinha relações de amizade, seja em Lisboa, seja em Viseu, seja em Mangualde. Era uma pessoa sempre muito ativa, com uma palavra atenta”, afirmou.

Pela Basílica da Estrela passaram este sábado alguns ministros do atual Governo, como é o caso de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, e João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente.

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, a vice-presidente da Assembleia da República, Edite Estrela, e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, foram outras das personalidades ligadas ao partido que compareceram nas cerimónias fúnebres.

Estiveram presentes também figuras de outros espetros, como foi o caso do empresário e ex-presidente do Sporting José de Sousa Cintra ou da ativista e atual presidente da Junta de Freguesia de Arroios, eleita pela lista do PS, Margarida Martins.

Após a missa, o cortejo foi aplaudido no percurso da igreja até aos carros funerários, de onde partiu com destino a Mangualde.Naquela cidade, pertencente ao distrito de Viseu, de onde Jorge Coelho era natural, está prevista uma passagem do cortejo fúnebre pelas principais ruas, ao início da tarde, antes de seguir para o jazigo familiar em Santiago de Cassurrães.

// Lusa

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1 Comment

  1. Podem estar dezenas de pessoas no velório de um político. Porém, se alguém de outra camada social quisesse, não poderia velar o seu familiar morto. Que raio de injustiça é esta? Uns, podem, e os outros, não?!

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