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OMS critica lentidão “inaceitável” na Europa. Bruxelas desafia países a organizarem vacinação em massa

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Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) critica a lentidão “inaceitável” da vacinação contra a covid-19 na Europa, a Comissão Europeia pediu aos países que incrementem a capacidade de vacinação para quando houver mais produção.

“O ritmo lento da vacinação prolonga a pandemia”, disse o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, sublinhando que o número de novos casos na Europa aumentou fortemente nas últimas cinco semanas.

“As vacinas são a nossa melhor saída para a pandemia. Não só funcionam, mas também são muito eficazes na limitação de infeções. No entanto, a aplicação dessas vacinas está a decorrer a uma lentidão inaceitável”, continuou Kluge, em comunicado.

“Precisamos de acelerar o processo, aumentando a produção, reduzindo as barreiras à entrega da vacina e usando qualquer dose que tivermos em stock”, disse Kluge. “Atualmente, a situação regional é a mais preocupante que temos observado há vários meses”.

Na região da OMS na Europa, que inclui cerca de cinquenta países, incluindo a Rússia e vários Estados da Ásia Central, o número de novas mortes ultrapassou 24 mil na semana passada e está “rapidamente” a aproximar-se da marca de um milhão, segundo a organização.

O número semanal de novos casos chegou a 1,6 milhões. Há apenas cinco semanas, os números haviam caído para menos de um milhão, apontou a OMS.

Bruxelas quer países a organizarem vacinação em massa

A Comissão Europeia divulgou que, até sexta-feira, chegam 107 milhões de doses de vacinas contra covid-19 à União Europeia (UE), pedindo aos países que incrementem a capacidade de vacinação para quando houver mais produção, prevendo a imunidade coletiva em julho.

“A vacinação está a progredir de forma constante na União Europeia e, até final desta semana, 107 milhões de doses de vacinas terão chegado aos países”, indicou o executivo comunitário no Twitter.

https://twitter.com/EU_Commission/status/1377210648946470915

Também através daquela plataforma, o comissário europeu do Mercado Interno, que é responsável por contactos com a indústria farmacêutica para aumentar a produção de vacinas contra a covid-19 para a UE, observou existir uma “forte aceleração da produção industrial das vacinas no terreno”.

Segundo as contas de Thierry Breton, a UE estará, “em meados de julho, em condições de fornecer aos Estados-membros doses suficientes para atingir a imunidade coletiva, [para vacinar] cerca de 70% da população adulta”. “Desde que, claro, as doses sejam administradas”, realçou o comissário europeu.

Thierry Breton vincou que, para isso, “os Estados-membros precisam de estar prontos para quando houver uma aceleração na entrega, organizando [ações de] vacinação em massa e campanhas para convencer os cidadãos a serem vacinados”.

https://twitter.com/ThierryBreton/status/1377249946127060994

Na publicação, o comissário europeu disse ainda que os dados esta quarta-feira divulgados são “um sinal positivo da expansão das capacidades de produção na UE, a médio e longo prazo”. “Louvo os esforços das mulheres e homens que estão a fabricar as vacinas e encontraram soluções para aumentar e estabilizar a produção industrial”, adiantou o responsável francês.

No final da semana passada, a Comissão Europeia divulgou que, até então, tinham sido administradas perto de 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas na UE.

Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da Vaxzevria – o novo nome do fármaco da AstraZeneca – para a UE, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em abril).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, terão chegado à UE mais 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da Vaxzevria (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Eu quero lembrar a OMS que,em Portugal as coisas são feitas muito devagarinho,basta ver as decisões da nossa justiça,está parada.

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