Ao longo deste ano a Noruega ainda não registou qualquer assassinato. Nos últimos sete anos nunca houve um período tão longo sem a ocorrência de um único crime deste tipo.
Apesar de o país não ter muitos assassinatos de uma forma geral, nos últimos anos foram registados entre quatro e oito crimes deste tipo durante os primeiros três meses do ano, sendo que estes geralmente ocorrem durante os primeiros dias de um novo ano.
No ano passado, ocorreram sete assassinatos durante os primeiros três meses do ano passado, o mesmo número do ano anterior, avança o Phys.
“Até agora não registamos nenhum assassinato em 2021. Pode haver muitos motivos para isso, as restrições da pandemia podem ser uma das muitas explicações”, referiu Vibeke Schei Syversen do Serviço Nacional de Investigação Criminal.
Em termos relativos, há poucos assassinatos na Noruega – uma país com mais de 5 milhões de habitantes – sendo que a tendência nos últimos anos tem sido de um número baixo e estável. O ano passado, pelo menos 31 pessoas foram mortas no país.
Mesmo assim, nos últimos sete anos nunca houve um período tão longo sem um único assassinato registado. As informações estão de acordo com as estatísticas continuamente atualizadas pelo NTB.
“Temos poucos assassinatos na Noruega todos os anos, e esses números são muito baixos. Para já, é muito cedo para tirar qualquer conclusão depois de um período de tempo tão curto. Mas é claro que é muito positivo“, diz Syversen.
Vibeke Ottesen, da Universidade de Oslo, autor de vários estudos sobre assassinatos e especialista em violência doméstica, acredita que a situação incomum se deve à pandemia. “É um pouco como prender a respiração, mas é uma boa notícia”, referiu ao NTB.
Ainda assim, a investigadora ressalva que podem haver casos ocultos de assassinatos, especialmente quando a violência é contra crianças muito pequenas.
“Esta é a categoria de homicídios com os maiores números ocultos na Noruega. Isolar famílias com crianças pequenas que estão a lutar financeiramente aumenta o risco de violência e abuso contra crianças”, alerta Ottesen.
A especialista sugere que este desenvolvimento positivo pode mudar assim que a maior parte da população esteja vacinada e a sociedade reabrir. Muitas mulheres terão novamente oportunidade social e financeira de deixar companheiros abusivos, e este é o cenário em que ocorre a maioria dos assassinatos, explica Ottesen.
“Quando lentamente a reabertura acontecer, e as diferenças se tornarem aparentes, os contrastes irão aparecer. Enquanto alguns irão voltar ao trabalho, outros irão perdê-lo. Essas são condições são ideais para desencadear assassinatos “, considera.
Por estas razões, os especialistas preferem não tirar conclusões precipitadas sobre a criminalidade no país.
Senhores jornalistas e editores queiram rever as datas contidas neste dois parágrafos”“Até agora não registamos nenhum assassinato em 2021. Podem haver muitos motivos para isso, as restrições da pandemia podem ser uma das muitas explicações”, referiu Vibeke Schei Syversen do Serviço Nacional de Investigação Criminal.
Em termos relativos, há poucos assassinatos na Noruega – uma país que alberga mais de 5 milhões pessoas – sendo que a tendência nos últimos anos tem sido de um número baixo e estável. Em 2021, pelo menos 31 pessoas foram mortas no país.”
Pois, como podem constatar entram em contradição se bem que não impedem a compreensão da notícia, mas se de um lado dizem que não ocorreu nenhum assassinato do outro dizem que no mesmo ano foram assassinadas 31 pessoas no pai. Certamente compreendem que há algures um lapso.
Muito obrigada pela vossa atenção cumprimentos cordiais e desejo- vos uma boa Pascoa.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo. O número de 31 mortes era efetivamente relativo ao ano passado, 2020. Está corrigido.
Então, mais vale nem falar nisso. Não vá algum maluco acordar. Temo sempre as notícias deste género. Mas lá que é bom, é! Muito bom.
Cá em Portugal é preciso fazer muito, mas mesmo muito, para travar os homicídios por violência doméstica. São uma calamidade e uma vergonha, pelo desleixo e falta de empenho que revelam todos os governos darem a esta matéria tão sensível.
Interessante verificar que lá considera-se o não haver assassinatos que será devido à epidemia, por cá acontece precisamente o contrário, afirmam os “entendidos” que o aumento da criminalidade se deve em parte ao confinamento. Pela minha parte no que nos toca, considero que tal se deve em existir cada vez mais libertinagem, menos valores transmitidos e menos respeito pelo próximo acompanhado por cada vez mais desinteresse dos governantes e deputados por tal fenómeno.