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Pedro Marques quer que UE dê 1.000 euros a cada europeu. Medida custaria até 5,3 mil milhões em Portugal

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O eurodeputado socialista Pedro Marques defende que a União Europeia (UE) deveria pagar 1.000 euros a cidadão europeu desempregado, idoso ou com filhos.

De acordo com um artigo de opinião publicado esta segunda-feira no Politicocitado pelo Diário de Notícias, o eurodeputado socialista Pedro Marques propôs que se encontre uma forma de pagar 1.000 euros a cada cidadão europeu desempregado, quer seja idoso ou tenha filhos a cargo.

“A União Europeia deve enviar um sinal forte aos governos nacionais para que continuem a apoiar as suas economias e a fazerem com que o dinheiro europeu chegue ao destino pretendido numa questão de meses e não anos. Mas há uma forma ainda melhor de garantir que o dinheiro para a recuperação fornece os estímulos que são necessários: usar os meses que leva a aprovar planos de recuperação nacionais para encontrar uma forma de pagar 1.000 euros a cada desempregado, idoso ou cidadão com filhos“.

O antigo ministro das Infraestruturas considera que essa é uma das formas mais eficazes de estimular a economia, tendo inspirado-se num modelo norte-americano. Nos Estados Unidos, esta é já a terceira vez que a medida – um cheque de 1.400 dólares – é implementada desde o início da pandemia.

O ex-governante escreveu ainda que esta resposta impacta muito mais rapidamente na “economia real” e que os Estados Unidos responderam, a nível económico, de forma “muito maior”.

“Isso aconteceu porque uma grande fatia dos estímulos tomaram a forma de pagamentos diretos às famílias, ao mesmo tempo que outras medidas tiveram impacto imediato nos rendimentos dos cidadãos e, em resultado, na procura”, continuou.

Segundo o cálculos do ECO, esta medida poderia custar, no máximo, 5,3 mil milhões de euros a Portugal.

Em 2011, os Censos apuraram que haviam cerca de 2,01 milhões de portugueses com idade igual ou superior a 65 anos. Assim, pagar 1.000 euros a cada idoso custaria 2,01 mil milhões de euros.

Em relação aos desempregados, os dados mais recentes mostram que, em fevereiro deste ano, estavam inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) 431.843 pessoas. Por isso, pagar um cheque a cada um dos desempregados – excluindo cidadãos inativos e outros não inscritos no instituto de emprego – custaria 431,8 milhões de euros.

Os dados da Pordata indicam que, em 2020, existiam 1,43 milhões de agregados domésticos privados compostos por casais com filhos. Estes 1,43 milhões corresponderão a 2,86 milhões de pessoas adultas com filhos, o que custaria 2,86 mil milhões de euros.

Contudo, este cálculo não tem em conta eventuais casos de duplicação, em que pessoas, tendo filhos, também estejam desempregadas. A conclusão possível é que a medida proposta custaria, no limite, 5,3 mil milhões de euros. O valor real ficaria abaixo deste limite máximo.

Maria Campos, ZAP //

 

7 Comments

  1. Estes escondidos, volta e meio servem de arma para fazer campanha. Se fosse alguém do governo era polémico, e poderia vir a ter de ser feito. Este borra botas diz, ninguém leva a sério, e o PS fica bem na fotografia.

  2. Se excluírem quem não perdeu rendimentos, concordo…. Ou seja, os que recebem ao dia 20,21,22 ou 23, faça sol, chuva, covid, vento e os em tele-trabalho alguns sem rede….

    • Em tele-trabalho sem rede é uma coisa bonita 🙂
      E aqueles que estão inscritos no Centro de Emprego e trabalham na França, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Escandinávia…
      O Passos tinha tornado obrigatórias as visitas quinzenais aos centros de emprego. Este governo acabou com isso. Resultado: anda aí muita gente a trabalhar noutros países e a receber cá o subsídio de emprego.

  3. E lá vinha o governo em seguida aplicar mais uns tantos por cento de IVA e depois mais uma boa percentagem no IRS, no final o Estado ficaria com a maior fatia do bolo! Espertos como são os governantes portugueses não falhariam na pontaria!

  4. Defendo isto há mais de 1 ano, mas para TODOS os cidadãos! Com se fosse uma prenda de aniversário da Europa a cada um dos seus cidadãos!

  5. Eu proponho uma medida bem mais fácil de cumprir: encher os aviões da força aérea com dinheiro e atirar-lo para cima das populações. Quem mais apanhar, melhor fica. Se é para dar dinheiro, ao menos que seja em grande e com estilo…

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