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Paris e outras regiões entram em confinamento um mês. Reino Unido desacelera vacinação

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Paris em quarentena

Esta quinta-feira, o governo francês decidiu decretar um confinamento durante, pelo menos, quatro semanas em 16 regiões do país, entre as quais se inclui Paris. A capital entra assim no terceiro confinamento.

O ministro da Saúde francês deu conta, esta segunda-feira, que “a cada 12 minutos, noite e dia, um parisiense é admitido numa cama de cuidados intensivos”. “A situação exige medidas fortes”, afirmou Jean Castex, após ter reunido com Macron.

“O confinamento de fim de semana”, imposto em meados de fevereiro nas cidades de Nice e Dunquerque, “não teve um impacto nacional”, acrescentou. Por isso, diz o governante, “é preciso ir mais longe” para conter a disseminação do vírus.

A partir da meia-noite desta sexta-feira, e durante pelo menos quatro semanas, haverá um confinamento total em 16 regiões francesas. As escolas são as únicas exceções e o ensino presencial vai manter-se.

Os habitantes só podem circular até 10 quilómetros das suas residências e só podem sair para comprar bens essenciais. Devem também ficar em teletrabalho durante quatro dos cinco dias da semana laboral, diz o Expresso.

Reino Unido

O Governo britânico admitiu esta quinta-feira que o ritmo de vacinação vai desacelerar nas próximas semanas, no dia em que o país registou 95 mortes e 6.303 casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

“Durante o mês de abril, (…) cerca de 12 milhões de pessoas, incluindo muitos colegas nesta Câmara [dos Comuns], receberão a segunda dose. Estas segundas doses não podem ser atrasadas, uma vez que têm de ser administradas no prazo de 12 semanas após a primeira dose”, explicou o ministro da Saúde, numa intervenção no Parlamento.

Nos últimos dias, as autoridades deram a entender que iriam ter um reforço de vacinas e que o programa iria ser acelerado para passar à segunda fase de pessoas com menos de 50 anos, mas hoje reconheceu que as doses disponíveis são limitadas.

Hancock adiantou que um lote de 1,7 milhão de doses foi atrasado devido à necessidade de novos testes pelo Instituto Serum Institute da India, o qual reteve outras cinco milhões de doses para uso naquele país e que deverão assim ser entregues mais tarde do que o previsto.

No entanto, o Governo britânico continua confiante de que vai conseguir cumprir as metas de imunizar todos os maiores de 50 anos e pessoas com comorbidades de risco com a primeira dose até 15 de abril e o resto dos adultos até ao final de julho.

Até hoje, 25.735.472 pessoas receberam a primeira dose de uma vacina contra o novo coronavírus, das quais 1.879.054 receberam uma segunda dose, a qual é administrada com um intervalo de até 12 semanas.

Alemanha

No país, um virologista alertou que os casos deverão sofrer um forte aumento após a Páscoa. O especialista concorda com suspensão da vacina da Astrazeneca, mas considera-a necessária.

Christian Drosten, virologista que tem aconselhado o governo alemão durante a pandemia, fala em “situação mais difícil”, “parecida àquela que o país sofreu após o Natal”. Não são boas notícias, mas é o seu prognóstico de após a Páscoa.

Em entrevista ao podcast Coronavirus-Update da NDR, Drosten divulgou ter a mesma opinião de que os especialistas do Instituto Robert Koch que anteveem uma subida de casos no início de abril, devendo a Alemanha novamente superar as 30 mil infeções diárias.

“Este ponto de vista não é apenas de professores individuais, é a visão oficial do que está à nossa frente nas próximas semanas”, revela. E os números mais recentes parecem confirmar a tendência. Nas últimas 24 horas, o país registou 17.504 novas infeções de covid-19, o maior número desde o início de janeiro.

ZAP // Lusa

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