Um fabricante de móveis chinês chegou às manchetes esta semana depois de começar a vender estátuas de “Donald Trump budista”, gerando uma série de cópias concorrentes.
Donald Trump não é conhecido pelo comportamento calmo, mas isso não impediu um fabricante de móveis empreendedor na China de lançar uma estátua do ex-presidente dos Estados Unidos numa pose associada ao Buda, conta o jornal britânico The Guardian.
A estátua do “Trump Budista” foi publicada na plataforma de comércio eletrónico chinesa Taobao. A versão pequena, que mede 1,6 metros de altura, custa 999 yuans (equivalente a 128 euros), enquanto a versão maior, com 4,6 metros de altura, está disponível por 3.999 yuans (515 euros).
A estátua, com as mãos de Trump cruzadas no colo, polegares para fora, é uma pose da arte budista que significa “meditação” e “contemplação”.
O jornal estatal chinês Global Times foi o primeiro a escrever sobre o produto e falou com o vendedor, com sede em Xiamen, na província de Fujian, que está a promover a estátua com o slogan “Make your company great again” (“Torne a sua empresa ótima novamente!”)
O vendedor disse que já tinha vendido “dezenas” das 100 estátuas fabricadas até agora.
Um comprador disse ao mesmo jornal chinês que comprou a estátua como um lembrete de não ser “demasiado Trump”.
Trump – cujo nome pode ser traduzido em duas grafias diferentes em chinês (特朗普 para Tèlǎngpǔ ou 川普 para Chuānpǔ) é a cara de várias peças de merchandising no Taobao, onde os utilizadores podem comprar máscaras, modelos, pequenas estátuas, chapéus e meias.
Segundo a Newsweek, vários negócios no Taobao estão agora a vender estátuas idênticas.
A Taobao, de propriedade da Alibaba, tem vendas anuais que superam as vendas combinadas de e-commerce de todas as empresas norte-americanas. Em 2016, mais de mil milhões de produtos estavam disponíveis no site.
Não é a primeira vez que o ex-presidente dos Estados Unidos é representado numa pose de Buda. Um Trump laranja impresso em 3D está disponível no site de artesanato Etsy.
O governo chinês teve uma relação complexa com a administração Trump. Após um acordo comercial de primeira fase, começaram as divergências sobre o tratamento inicial do covid-19 por Pequim, que afundaram os laços bilaterais para o ponto mais baixo de todos os tempos.