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Padres, provedores e autarcas. MP investiga casos de vacinação indevida

A investigação do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária (PJ) conta já com 33 casos suspeitos de vacinação indevida, estendendo-se a padres, provedores de misericórdias, administradores hospitalares e autarcas.

Desde o início da campanha da vacinação em Portugal que têm sido denunciados vários casos de vacinação indevida, que têm levado, por sua vez, a demissões.

Um desses casos é o do vereador da Proteção Civil de Lisboa, Carlos Castro, que renunciou ao cargo após ter sido tornado público que tinha sido vacinado com doses que sobraram dos lares. Segundo o Expresso, o mesmo aconteceu com Francisco Araújo, presidente da Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez e provedor da Misericórdia local; a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes; o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, e a vereadora da Câmara do Seixal, Elisabete Adrião.

Entre os párocos investigados pelo MP e pela PJ estão o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Trancoso, Joaquim Duarte, e dois padres-capelães da mesma instituição. Órgãos sociais da Misericórdia de Castelo Branco, o provedor da Misericórdia de Resende, Jaime Alves, e a mulher do provedor da Misericórdia do Montijo também são visados.

O administrador e diretor clínico Salazar Coimbra, do Hospital Narciso Ferreira, em Famalicão, recebeu indevidamente uma dose da vacina, assim como a sua filha e mulher.

Um dos casos mais mediáticos é o dos funcionários de uma pastelaria no Porto que foram vacinados por ordem do diretor regional do INEM no Norte.

O presidente do INEM “requisitou dezenas de vacinas a mais para imunizar funcionários do instituto, prestadores de serviços e colaboradores externos, parte dos quais seus amigos pessoais, violando as indicações do plano de vacinação”.

Na sequência da denuncia, o diretor regional do INEM no Norte, António Barbosa, assumiu que tinha autorizado a vacinação de 11 funcionários de uma pastelaria próxima, alegando tratar-se de uma opção para evitar o desperdício das doses da vacina. A polémica acabou, no entanto, por levar à demissão deste responsável.

ZAP //

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