CDS recebeu com “alegria e entusiasmo” candidatura de Moedas a Lisboa

Paulo Novais / Lusa

O presidente do CDS-PP afirmou, esta sexta-feira, que o partido recebeu com “grande alegria e entusiasmo” a candidatura de Carlos Moedas à Câmara de Lisboa, considerando que é “um nome forte” e uma “ótima notícia” para a capital.

“O CDS congratula-se com a disponibilidade de Carlos Moedas para se candidatar à Câmara Municipal de Lisboa, é uma notícia que recebermos com grande alegria e entusiasmo“, disse aos jornalistas Francisco Rodrigues dos Santos, depois de se ter reunido com o ex- comissário europeu, na sede nacional do CDS-PP, durante cerca de uma hora e meia.

O líder do CDS salientou que “Carlos Moedas é um nome forte que reuniu um sólido consenso entre as direções do CDS e do PSD em todas as reuniões mantidas sobre a estratégia para as próximas eleições autárquicas”, sendo uma “ótima notícia para Lisboa”.

O líder centrista indicou também que constitui “o primeiro passo para que haja uma coligação ganhadora de centro-direita para a capital do país, que naturalmente irá ser aprofundada pelas direções de ambos os partidos”.

“Como líder do CDS, assumo a vontade do partido de trabalhar num projeto mobilizador da nossa área política, que seja capaz de libertar os lisboetas do socialismo e oferecer à cidade uma oferta de mudança para o futuro”, disse.

Defendendo que “o contributo do CDS em Lisboa é decisivo para a construção de uma alternativa de centro-direita em Lisboa, como de resto a história da cidade, desde o engenheiro Cruz Abecassis, sempre o demonstrou”, o presidente do CDS deixou um repto: “por isso, com Carlos Moedas, vamos a isso“.

O ex-comissário europeu foi anunciado, na quinta-feira, como candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, em vésperas da assinatura de um “acordo-chapéu” entre sociais-democratas e democratas-cristãos para coligações autárquicas.

“Era um nome que era desejado por ambos os partidos há muito tempo a esta parte, que felizmente conseguiu consumar-se”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, ladeado por Carlos Moedas.

Questionado se o apoio a esta candidatura foi concertado com a concelhia e a distrital de Lisboa do CDS-PP, o presidente referiu que “o processo está a ser conduzido pelas direções nacionais de ambos os partidos”, mas tem sido “mantido um diálogo com as estruturas locais” centristas, que têm sido “informadas” das negociações.

Sobre a distribuição dos candidatos dos dois partidos nas listas, Rodrigues dos Santos defendeu que “antes da discussão de lugares” é preciso “discutir ideias, projetos para a cidade, uma ideia de mudança para Lisboa para a colocar novamente na senda do desenvolvimento social, económico e cultural” desejado, para que esta coligação “seja um projeto concorrente, ganhador, face à proposta socialista”.

Questionado sobre as eleições para a escolha do próximo líder da bancada centrista, agendadas para o início de março, Francisco Rodrigues dos Santos respondeu que “a direção do partido trabalhará com qualquer líder parlamentar que seja eleito pelos deputados”, até porque esta “não é uma escolha que compita à direção do partido tomar”.

“Cumpre aos deputados exercer essa preferência, e da minha parte estarei inteiramente disponível, com sentido institucional, com confiança e com cooperação, inteiramente comprometido a trabalhar com o grupo parlamentar”, salientou.

Apontando que “qualquer escolha” para próximo líder da bancada parlamentar será do seu agrado, Francisco Rodrigues dos Santos justificou que tem os cinco deputados do CDS-PP “na mais alta conta e consideração”. “Qualquer que seja a escolha, eu estarei certamente disponível para trabalhar com o próximo líder parlamentar”, garantiu.

O líder centrista também foi questionado sobre a reunião que teve esta quinta-feira com os deputados, a seu pedido, a primeira desde o último Conselho Nacional no qual foi aprovada uma moção de confiança à direção do partido e no qual os parlamentares defenderam a realização de um congresso antecipado.

“As relações com o grupo parlamentar estão ótimas, e estamos todos empenhados em ter uma cooperação institucional leal que permita a afirmação do partido na sede parlamentar, onde contamos ter iniciativas nesta altura de pandemia que ajudem os portugueses a levantarem-se da crise em que estão mergulhados e em que o Governo se tem mostrado absolutamente incompetente para responder aos seus anseios e aos dramas que estão a viver”, respondeu.

No entanto, de acordo com fontes centristas contactadas pela Lusa, a “reunião foi tensa” e “não foi produtiva, não adiantou nada”.

ZAP // Lusa

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