Fernando Negrão é o candidato do PSD à Câmara de Setúbal, Carlos Moedas é a aposta do PSD e do CDS para Lisboa e Rui Rio pode ser “ás de trunfo” no Porto.
O vice-presidente da Assembleia da República Fernando Negrão vai ser o candidato do PSD à Câmara Municipal de Setúbal, disse o próprio à agência Lusa.
“Vou ser candidato por Setúbal. Uma velha luta, retomada agora, para fazer de Setúbal uma cidade onde muitos querem trabalhar e viver”, afirmou, numa declaração escrita.
O antigo líder parlamentar do PSD, que já foi candidato a Setúbal e é deputado por este círculo, confirmou à Lusa que foi convidado pelo presidente do partido, Rui Rio, e já disse que sim. O anúncio acontece na véspera de uma reunião da distrital de Setúbal do partido.
No plano autárquico, Negrão foi candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Setúbal nas eleições de 2005 e, nas intercalares de 2007, à Câmara Municipal de Lisboa.
Fernando Mimoso Negrão nasceu em Angola a 29 de novembro de 1955, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e deputado desde 2002.
Foi líder parlamentar do PSD entre fevereiro de 2018 e outubro de 2019 e, em 2015, foi o candidato do PSD e CDS-PP à presidência da Assembleia da República, mas foi derrotado por Ferro Rodrigues, tendo sido indicado na atual legislatura vice-presidente do parlamento pelos sociais-democratas
Antes de assumir a liderança da bancada, presidiu à Comissão eventual da Transparência e, na XII legislatura, destacou-se na presidência da Comissão de Inquérito ao Banco Espírito Santo, sendo atualmente o presidente da comissão de inquérito sobre o Novo Banco, cujos trabalhos estão suspensos devido à pandemia de covid-19.
Juiz de carreira e oficial da Força Aérea Portuguesa, Fernando Negrão foi ministro da Segurança Social, da Família e da Criança em 2004, no Governo de Pedro Santana Lopes, tendo antes presidido ao Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT).
No curto segundo Governo de Passos Coelho, em 2015, exerceu por menos de um mês as funções de ministro da Justiça.
O social-democrata foi também diretor-geral da Polícia Judiciária (PJ) entre novembro de 1995 e março de 1999, cargo do qual se demitiu na sequência de suspeitas de violação do segredo de justiça no caso Moderna. O processo viria depois a ser arquivado pelo Tribunal da Relação.
Fernando Negrão foi eleito deputado pela primeira vez nas listas do PSD em 2002, pelo círculo eleitoral de Faro, em 2005, 2009 e 2019 por Setúbal – na última vez como cabeça de lista – e em 2011 e 2015 por Braga.
Rui Rio é “ás de trunfo” para o Porto
Em entrevista ao Jornal Económico, o deputado social-democrata Álvaro Almeida considera que Rui Rio é o “melhor trunfo” que o partido tem para candidatar à Câmara do Porto.
Embora critique a liderança de Rio no PSD, Álvaro Almeida considera que o ex-autarca do Porto é o “melhor presidente da câmara das últimas décadas”. Com a sua “experiência, notoriedade e provas dadas”, Rui Rio é a “única solução” para o partido conquistar a Câmara do Porto, argumenta.
“Não sei se o Dr. Rui Rio se vai candidatar ou não, mas, tendo em conta a importância que dá às eleições autárquicas, considerando-as ‘vitais’, acho que deveria aproveitar os trunfos que o PSD tem e candidatá-los e, no caso do Porto, ele, que é o ‘às de trunfo’ do partido, deveria avançar para uma candidatura”, disse Álvaro Almeida ao jornal Público.
“Rui Rio daria o exemplo para que outros dirigentes e figuras nacionais do PSD se candidatassem a outras câmaras municipais e, dessa forma, reforçar as hipóteses de o partido ter um bom resultado nas autárquicas”, acrescentou.
Rui Rio esteve durante três mandatos à frente da Câmara do Porto, antes de ser sucedido pelo atual autarca, Rui Moreira. Álvaro Almeida acredita que o líder do PSD teria “uma possibilidade real de vitória”.
Carlos Moedas foi consensualizado com o PSD
O Observador avança, esta quinta-feira, que Carlos Moedas é a aposta do PSD para Lisboa, uma informação confirmada pelo diário junto do núcleo duro de Rui Rio. O líder social-democrata esteve reunido com o antigo comissário europeu, um nome que, já há algumas semanas, vai ganhando força nos bastidores do partido.
Também a RTP avança que Moedas, antigo secretário de estado adjunto de Passos Coelho, aceitou liderar a coligação PSD/CDS em Lisboa durante a tarde desta quinta-feira. Francisco Rodrigues dos Santos, líder centrista, não terá colocado qualquer entrave à escolha de Carlos Moedas.
“É um nome forte que reuniu sólido consenso entre direções do CDS e do PSD em reuniões mantidas sobre a estratégia para as próximas eleições autárquicas”, segundo um comunicado assinado por Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder do CDS, citado pelo Público, considera que a escolha de Moedas “é uma boa notícia para Lisboa e constitui o primeiro passo para que haja uma coligação de centro-direita para a capital”. O IL ainda não foi contactado formalmente para integrar esta aliança.
Em reação, o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Luís Newton, considerou que Carlos Moedas “será o presidente” que a cidade “precisa”, “virando-a para o século XXI”.
Contactado pela agência Lusa, Luís Newton, que é também presidente da Junta de Freguesia da Estrela, disse que “Carlos Moedas será o presidente que Lisboa precisa, virando a cidade para o século XXI, modernizando os serviços camarários e aproximando governantes e governados”.
O social-democrata acrescentou que “é um momento de esperança para todos os lisboetas” e enalteceu a “experiência” de executivo nacional.
Daniel Costa, ZAP // Lusa
O Rui Rio quer ir implementar mais que o que fez quando foi Presidente da Câmara do Porto, grande democrata Público em 30 de Junho de 2006.
Câmara do Porto impõe “lei da rolha” para atribuir subsídios Instituições têm de assinar contrato que as obriga a “abster-se de criticar publicamente o município”
https://www.publico.pt/2006/06/30/politica/noticia/camara-do-porto-impoe-lei-da-rolha-para-atribuir-subsidios-1262606
sempre bom refrescar a memória..
Se o Rio se candidatasse à Câmara do Porto, isso era de homem. Não me lembro de nenhum caso idêntico num líder do PS ou PSD com aspirações a primeiro-ministo. Isso era de quem os tinha bem no sítio. Ainda por cima no Porto onde o atual autarca tem tudo para se manter.
Rui Rio o Grande Trunfo para a CMP?
Esta é a piada da semana.
Ou e um grande as de trunfoou alguém da oposição interna o quer ver queimado.
Ganha com uma perna às costas. O povo do Porto adora-o. 3 vitórias eleitorais.
Luta bonita em Lisboa. Os dois melhores posicionados, ambos têm o sobrenome começado por M, ambos são filhos de pais comunistas, ambos são relevantes nos seus partidos e têm a ambição de os vir a comandar. Um é portuense, o outro é alentejano. Quem ganhará ?!