Marques Mendes aproveitou o seu habitual espaço no Jornal da Noite da SIC para falar sobre o estado atual da pandemia no país. Dos apoios sociais sociais à bazuca europeia, sem esquecer a preparação das autárquicas e a polémica em torno do presidente do Tribunal de Contas.
Passadas várias semanas de confinamento, Marques Mendes considera que depois da tempestade, e o comentador começou o seu habitual espaço de comentário do Jornal da Noite da SIC a destacar as boas notícias trazidas pelos números da pandemia em Portugal. “O confinamento está a resultar”, frisou, numa altura em que o número de infetados tem descido.
De acordo com analista político, é tempo de o governo começar a preparar o possível desconfinamento, à semelhança do que outros países já têm feito. Marques Mendes concorda que a educação é prioritária, mas que há outras prioridades que estão a ser deixadas de lado: a testagem e o rastreio.
Já a vacinação está “ao nível dos demais países da UE”. Sobre a possibilidade de se usarem vacinas de origem chinesa ou russa, Marques Mendes decidiu informar-se em Bruxelas e tem novidades: a vacina da China nem chegou a ser equacionada e a da Rússia tem também hipóteses nulas.
É a “pandemia económica e social” de que Marques Mendes fala, destacando “as boas decisões, as más e as preocupações para o futuro”. Começando pelas boas notícias, o analista político dá palco ao pagamento aos pais que acompanham os filhos em casa.
No que diz respeito ao amanhã, destaque para os problemas de planeamento relacionados com as moratórias. E neste ponto é a bazuca europeia, e as opções do governo, que preocupam Marques Mendes, pois considera que o plano apresentado na semana passada tem falta de ambição.
Um outro assunto em destaque foram as eleições autárquicas. Podem ainda faltar vários meses para outubro mas “as eleições começam a mexer e vão mexer ainda mais”, considera Marques Mendes. O ex-líder do PSD analisa os riscos e oportunidades desta ida às urnas e conclui que o PCP corre o risco de voltar a descer e PS pode mimetizar uma situação-pântano como a de Guterres há duas décadas, pelo que esta é uma oportunidade para o PSD.
O analista político considera um erro que Rui Rio comece uma polémica com Rui Moreira, quando a sua disputa devia ser com António Costa.
Na passada quinta-feira, em entrevista ao Observador, Rio acusou Rui Moreira de não ser uma pessoa “confiável” e garantiu que jamais seria capaz de apoiar “alguém que tem interesses imobiliários na cidade em que é presidente de câmara”.
O comentador da SIC entende que, “para o PSD, nada disto é bom”, porque “quando critica os autarcas desvia as atenções do primeiro-ministro e do Governo, portanto, deixa o Governo à solta, o que é mau para a oposição e mau para a democracia”.
Relativamente ao novo presidente do Tribunal Constitucional, Marques Mendes considerou que “é uma polémica sem sentido”. “Goste-se ou não se goste das ideias, do estilo e da linguagem de João Caupers, ele tem direito a ter aquelas ideias, aquele estilo e aquela linguagem”, disse sobre o homem que também é conselheiro de Estado.