Perto de um terço dos casos de covid-19 no país podem corresponder à nova variante detetada no Reino Unido, e a Área Metropolitana de Lisboa pode representar quase metade dos casos confirmados, segundo um documento da Direção-Geral da Saúde.
O documento, divulgado esta quinta-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido, no parlamento, cita dados do laboratório Unilabs, os quais referem que “cerca de 32,2% dos casos podem corresponder à nova variante B.1.1.7, e na região da Área Metropolitana de Lisboa esta variante pode representar quase 50% dos casos confirmados”.
“No entanto, existem limitações inerentes a dados provenientes apenas de um laboratório, e podem não ser representativos”, adverte a Direção-Geral da Saúde.
Segundo o documento, a proporção da variante detetada no Reino Unido sobre o total de casos “tenderá a aumentar em virtude da vantagem seletiva da maior transmissão. Se for confirmado o aumento da letalidade associado à variante, é expectável um aumento da letalidade em Portugal”.
É ainda citado o relatório no NervTaga de 21 de janeiro que indica que a variante associada ao Reino Unido apresenta maior transmissibilidade quando comparada com outras variantes, como tem vindo a ser reconhecido internacionalmente.
Recentemente, com base em diferentes estudos realizados, identificou-se a possibilidade de que esta variante seja também mais letal.
Segundo um estudo da Public Health England, os indivíduos infetados com a variante detetada no Reino Unido tiveram um risco de morte de 1,65 vezes superior, quando comparado com os doentes infetados com outras variantes.
O estudo ressalva que “existem limitações importantes a estes resultados, nomeadamente a sua baixa representatividade.
“Apesar destas informações, o risco global de morte por covid-19 mantém-se reduzido”, sublinha.
O documento apresentado por Marta Temido menciona também o caso identificado em Portugal da nova variante detetada na África do Sul, um homem de 36 anos, natural de África do Sul, residente em Lisboa.
A data de diagnóstico de covid-19 foi no passado dia 7 de janeiro e o caso está dado como recuperado desde o dia 17. Esta infeção deu origem “a um caso secundário, coabitante, igualmente vigiado e sem outros casos secundários conhecidos, refere a DGS.
“A vigilância epidemiológica e laboratorial de casos importados da África do Sul será mantida, não existindo à data evidência de transmissão comunitária desta variante em Portugal”, salienta.
// Lusa
Desculpem por ter aberto tudo durante o Natal. Voltarei a fazer semelhante coisa quando todo o povo estiver vacinado… lá para 2024/5.