Adolfo Mesquita Nunes quebrou o silêncio, assumiu a rutura com a atual direção do CDS-PP e pede eleições antecipadas no partido.
Num artigo de opinião publicado esta terça-feira no Observador, o antigo vice-presidente do CDS propôs a realização de um Conselho Nacional para convocar eleições antecipadas para a liderança, uma vez que considera que a atual, de Francisco Rodrigues dos Santos, “não conseguirá” resolver “a crise de sobrevivência” do partido.
“Proponho ao partido realização de um Conselho Nacional urgente que discuta se deve devolver a palavra aos militantes através de um congresso eletivo, se necessário em formato digital como há dias a Democracia Cristã alemã organizou. Em poucas semanas será possível fazer esse congresso, se o Conselho Nacional reunir já e assim o delibera”, escreveu Adolfo Mesquita Nunes.
Depois de, nesta terça-feira, ter sido divulgada uma sondagem da Aximage em que o CDS ocupa o último lugar (com 0,8%), Mesquita Nunes não nega que o partido tem um “problema de sobrevivência“.
“O que fazer, então, num quadro de concorrência partidária, no meio de uma pandemia, e à beira de uma enorme crise que atirará milhares de famílias e empresas para situações de enorme vulnerabilidade?”, questionou.
O CDS não pode descurar as suas prioridades, nomeadamente na resposta que tem de dar, especialmente em duas dimensões, na criação de riqueza e na luta contra a desigualdade. No entanto, o ex-deputado e ex-governante não tem dúvidas de que se deve proceder à substituição da liderança do partido.
“Sucede que diariamente se confirma que a atual direção do CDS não foi capaz de liderar esse projeto e essa estratégia, independentemente das boas intenções. A crise de sobrevivência que o CDS hoje atravessa não conseguirá ser resolvida com esta direção”, lê-se ainda no artigo.
Mesquita Nunes realça que, “em poucas semanas, será possível fazer esse congresso, se o Conselho Nacional se reunir já e assim o deliberar”. Se a mudança acontecer o mais rapidamente possível, ainda será possível ir “a tempo das autárquicas” e “a tempo de projetar uma nova força”.
“Estou totalmente solto e livre”
Em entrevista ao Observador, esta quarta-feira de manhã, o líder centrista respondeu ao desafio lançado por Mesquita Nunes e disse que a questão vai ser analisada pelos órgãos próprios do partido. “Estou totalmente solto e livre”, assegurou.
Quer nos Açores, quer nas eleições Presidenciais, Francisco Rodrigues dos Santos apontou que a área política do partido teve “bons resultados que cumpriram objetivos do CDS”. “Temos de redefinir o posicionamento do CDS dentro da geometria à direita.”
O presidente do CDS deu ainda as boas-vindas a Adolfo Mesquita Nunes à “atividade interna do partido” e lembrou que, na última reunião do Conselho Nacional, o militante disse o contrário do que agora defende no artigo de opinião
“Quero perceber as motivações de fundo que estão por trás disto”, disse, acrescentando que “não provoca incidentes internos no partido” e que há órgãos próprios para o fazer sem “lavar roupa suja” na praça pública.
“Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha”, sustentou. “Não têm noção – ou se calhar têm – sobre o dano que estão a provocar ao partido” nesta altura.
“O foco de qualquer partido democrático deve ser colocar o interesse nacional acima da mercearia interna dos partidos”, referiu ainda, garantindo que não está disponível para se “aproximar das franjas mais radicais”, mantendo-se como “partido profundamente moderado”.
Este Chico é um totó. Mostrou bem o que vale na greve dos restaurantes. 30 jovens mais promissores. Sim, promissor.
É o que é. Será pior que o papagaio reeleito? Não sei, não sei… 😉
Só falta alguem mudar o PSD, pior não pode estar.
Finalmente Adolfo quer reclamar o que é seu. E que Ventura nenhuma lhe tire
Eu até pensava que para ser presidente de um partido esra preciso ter mais de 18 anos…
Ruptura com o partido? É natural se está partido tem uma ruptura!!
Este Adolfo é um excelente elemento. Deixou obra bem evidente enquanto secretário de estado do turismo. Pensa bem, fala bem. Parece sério. Com ele o CDS vai muito mais longe do que com o atual presidente a quem não reconheço rigorosamente nada. Nem pensa bem, nem fala bem. Não tem qualquer obra feita, enfim… é um político.
O Adolfo sou eu… trabalharei para ser um mega-Hitler de Portugal.
O Adolfo Mesquita Nunes faria falta no Chega: Talvez moderasse algumas atitudes do AV e transformasse o partido numa verdadeira bandeira da direita.
Vai com o tempo. O AV para crescer tem de falar como o faz. Já que parece ser a única oposição ao actual desgoverno. Depois vai refrear s linguagem. Vão ver.
A sua análise ao Ventura parece a análise dos media Americanos ao Donald Trump quando foi eleito: «Mas acham que ele é mesmo aquilo?? Naahhhhh…… Aquilo é uma personagem que criou para afrontar o sistema. Agora que ganhou vai-se moderar.»
Depois, foi o que se viu: Um egomaníaco, mentiroso patológico, profundamente incompetente para o cargo que ocupou e movido por interesses próprios.
O meu conselho para si é: Se parece m****, tem a consistência de m**** e cheira a m****, não prove! O mais certo é ser mesmo m****.
Não sei, não leio jornais americanos.
Com franqueza o que por cá dizem e escrevem pouco me diz. Não vejo telejornais, nem futebol (só jogos internacionais, cá passam a vida a atirar-se para o chão, aliás como a generalidade dos tugas) e ainda menos telenovelas e bigbrothers. A vida dos americanos é com eles. Quanto à parte final do seu comentário, o senhor saberá o que fazer.
José
Finalmente o estado do CDS mudou… Até aqui estavam mortos e não sabiam… Agora estão mortos e já deram conta… Tarde demais…
Só eles…?
Deem algum crédito ao Chiquito, pá!
Mesquita Nunes na liderança do CDS parece um sonho bom demais para ser verdade.
Avance, pelo amor de Deus!
O atual líder é tão fraquinho…
E o PSD também precisa de se reinventar, mas não Passos Coelho não. Seria mais do mesmo.
Tendendo mais para a direita ou para a esquerda, os democratas centristas deste país estamos tão mal servidos.
E há que travar o Chega!