O problema não é a Constituição, mas o “facto de não ser cumprida”, diz João Ferreira

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theleft_eu / Flickr

O candidato presidencial apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP), João Ferreira

O candidato do PCP às Presidências de domingo, João Ferreira, afirmou que a Constituição rasga em matéria estruturais, como a saúde, o trabalho e o apoio na velhice, não deve ser encarada como “um documento sagrado”, durante uma sessão em Braga. 

Segundo o candidato, citado na quinta-feira pelo Público, a Constituição rasga em matéria de saúde, trabalho, lazer, apoio na velhice, ambiente, desenvolvimento da agricultura, da indústria e das pescas, soberania nacional e justiça. “Não a encaramos como um documento sagrado”, sublinhou.

“Se for tomada [a Constituição] em mãos pelo povo português, transforma-se numa força material de transformação da realidade”, indicou. E exemplificou: ao trabalhador que luta contra a desregulação dos horários de trabalho e ao jovem que luta por proteção no emprego, “podemos dizer-lhe ‘A Lei Fundamental está do teu lado'”.

Os problemas, continuou, não estão na Constituição, mas “no facto de não ser cumprida”. “Sem a degradação dos serviços públicos, não teríamos o negócio da doença – os grupos que estão no negócio da doença como podem estar no das auto-estradas e às vezes estão nos dois”.

A ex-deputada do PEV Heloísa Apolónia, mandatária nacional de João Ferreira, garantiu que há todas as condições para se votar em segurança e apelou aos presentes para mobilizarem os conhecidos.

No início da sessão, o ex-deputado do PCP e presidente da Associação Nacional de Escritores, José Manuel Mendes, elogiou João Ferreira pelo tema. “A Constituição que Jerónimo aprovou, que eu revi [o PCP votou contra todas as revisões] e que a Heloísa defendeu”, assinalou.

Taísa Pagno //

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