Portugal paga dos salários mais baixos da União Europeia (UE) nos serviços sociais e cuidados continuados, revela um elatório da Fundação Europeia para as Condições do Trabalho (Eurofound), citado pelo Diário de Notícias.
Estes trabalhadores em Portugal são os quartos mais mal pagos da União Europeia, ficando as suas remunerações apenas atrás das da Roménia, da Itália e da Eslovénia.
Segundo os dados mais recentes que permitem levar a cabo comparações entre Estados-membros, estes trabalhadores levam 67% do valor da média salarial nacional.
O documento prevê que, em Portugal, a proporção de trabalhadores ao serviço de cuidados formais represente 3,4% dos empregados, numa proporção ligeiramente acima da média europeia. Suécia (7,1%), a Holanda (6,4%) e a Bélgica (5,5%) têm as maiores “fatias”.
O mesmo relatório dá ainda conta de uma forte prevalência de recibos verdes (trabalhadores independentes) neste sector no país, mas dados recolhidos referem apenas uma percentagem de quase metade (49%) entre os enfermeiros da rede de cuidados continuados da zona Centro, segundo um estudo da Ordem dos Enfermeiros.