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Finlândia diz que houve um “incidente grave” numa central nuclear (mas sem perigo)

Um incidente “sério” ocorreu esta quinta-feira numa central nuclear na Finlândia, mas sem perigo para os seres humanos ou o ambiente, anunciaram a autoridade de segurança do país nórdico e o operador do reator, TVO.

O incidente ocorreu às 12h22 locais (10h22 em Lisboa) no reator 2 da central de Olkiluoto, no sudoeste do país, onde está a ser construído há mais de uma década um reator de terceira geração EPR do grupo francês Areva.

“Não há perigo para as pessoas ou para o ambiente exterior”, declarou à agência France-Presse Tomi Rutamo, diretor adjunto da autoridade de segurança nuclear finlandesa (STUK), que qualificou o incidente de “sério”.

“Níveis elevados de radiação” foram registados no interior, mas não no exterior da central, precisou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) através da rede social Twitter, precisando estar em contacto com as autoridades finlandesas.

Os sistemas automáticos detetaram os altos níveis no circuito primário de alimentação do reator, mas a causa da subida ainda não é conhecida e está a ser investigada”, explicou Rutamo.

A STUK indicou ainda que “os níveis elevados de radiação foram medidos num setor onde os níveis de radiação são altos, mesmo normalmente, e por isso ninguém trabalha no local”.

O reator 2 de Olkiluoto, lançado em 1980, já se encontra numa “situação estável” e a radioatividade voltou a níveis normais, segundo a autoridade.

Segundo o Al Jazeera, uma falha anterior na tubulação de água ocorreu noutra central nuclear finlandesa há cerca de 30 anos, mas o incidente de Olkiluoto envolve as chamadas tubulações do circuito primário, que estão mais próximas do reator e, portanto, enfrentam maiores concentrações de radiação.

Cerca de um terço da eletricidade finlandesa resulta da energia nuclear, com quatro reatores em funcionamento e dois em construção. O mais avançado deles, um terceiro reator no local de Olkiluoto, está a funcionar com mais de 10 anos de atraso devido a atrasos com o fornecedor da central, o consórcio francês Areva-Siemens.

ZAP // Lusa

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