As listas que têm chegado à PSP e à GNR, para fiscalizar os infetados ou as pessoas que se encontram em isolamento profilático, estão desatualizadas e já vêm tarde. Quem o diz são duas das maiores associações que representam os polícias e os militares.
Este problema já não é novo, porém tem-se agravado com o crescente número de infetados e de casos suspeitos nas últimas semanas. De acordo com a DGS, há 80 mil casos ativos de covid-19 em Portugal.
O decreto da Presidência do Conselho de Ministros prevê que cabe às forças de segurança “acompanhar e seguir” as pessoas em isolamento profilático ou em vigilância ativa, mas a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) e a Associação dos Profissionais Da Guarda (APG) garantem que este processo é cada vez mais difícil.
Segundo a TSF, a ASPP referiu que as autoridades de saúde não estão “a cumprir o que a lei obriga ao não enviar as listas atualizadas e em tempo útil“.
A mesma associação diz que “as listas continuam a ser remetidas mas completamente desatualizadas, apenas com parte dos casos confirmados (deixando de fora as restantes situações onde foi determinado o isolamento mas não foi determinado o teste)”, situação que leva os polícias a ficarem “impedidos de cumprir a missão de verificar o cumprimento do confinamento”.
César Nogueira, da APG, confirmou à TSF que na GNR “muitas vezes as listas chegam quando as pessoas já estão a meio ou mesmo no fim do isolamento, sendo que dificilmente chegam no início, dificultando um trabalho que já é difícil com cada vez mais pessoas em isolamento”.
O representante dos militares da GNR acrescenta que com frequência conhecem casos concretos por denúncias de conhecidos ou vizinhos que sabem que a pessoa está doente mas anda na rua.
Se no início e no decorrer destes meses da pandemia já era difícil acompanhar os casos, agora César Nogueira diz que é ainda mais difícil, deixando a GNR dependente de denúncias para fazer o controlo.
Coronavírus / Covid-19
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