Josh Prenot conquistou uma medalha de prata nos últimos Jogos Olímpicos e agradece ao seu gosto pela Física e aos seus estudos. Quebrou depois do Rio de Janeiro mas está de volta.
Nos Estados Unidos da América, e mais concretamente no mundo da natação, Josh Prenot ficou conhecido em 2016 sobretudo por dois feitos: quebrou um recorde nacional e ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos. Mas o atleta também é formado em Física – e aplica os seus conhecimentos nessa área para melhorar os seus tempos na água.
Nadar envolve uma interação de forças entre o atleta e a água. E é por aí que Prenot usa a sua licenciatura em Física (Universidade da Califórnia) para nadar mais depressa: “Focar na resolução de problemas e a forma como se pensa nos problemas ajuda-te a descobrir como melhorar na natação”.
“Estou muito contente com o modo como me estou a mover na água agora e tenho andado a trabalhar na conservação de energia. Quero que a linha do meu corpo seja perfeita na água, quero que seja ótima. Mas não quero que seja tensa. Só quero utilizar a força muscular necessária, não mais do que a necessária”, detalhou o nadador, em entrevista ao canal oficial dos Jogos Olímpicos.
O atleta de 27 anos diz que é “analítico, o que por vezes é um problema”. Mas vai tentando afastar-se dessa sua característica: “Preciso de desligar-me disso às vezes porque esta modalidade é muito baseada no sentimento. Tens que o fazer e pronto”.
Esta estratégia teve resultados: além do recorde nacional nos 200 metros bruços e da medalha nos Jogos Olímpicos em 2016, Josh Prenot tinha sido campeão mundial universitário no ano anterior. Mais tarde, em 2018, viria a estabelecer a melhor marca do ano na mesma especialidade.
No entanto, depois do segundo lugar nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, fez uma pequena pausa, não entrou na seleção nacional em 2017 e afastou-se um bocado da natação: “Eu estava no topo do mundo depois da medalha de prata no Rio. Depois, perdi temporariamente aquela chama pelo desporto. Nadar é mesmo difícil. E não é só melhorar o nível que é difícil, manter o nível também é difícil”.
Prenot viria a redescobrir o seu prazer pela modalidade. E “aquela chama” voltou a tempo de se preparar e de se motivar para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021: “Estou a fazer isto de novo porque gosto mesmo da natação. E gosto do processo de me melhorar constantemente. Quero retirar o máximo potencial possível de mim próprio”.
A presença no Japão ainda não é certa porque, lembrou o próprio desportista, para entrar na comitiva dos EUA que participa nos Jogos Olímpicos, é preciso defrontar “os melhores dos melhores” do mundo na natação. “Mas a partir do momento em que entras, sabes que os dois americanos, sejam quem for, vão estar em Tóquio para chegar ao topo”, avisou.
Ele que junte a química à física e vai ver que ainda nada melhor. A química dá para a natação, atletismo, ciclismo, futebol… dá para tudo.