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Chega vai avançar com processo judicial contra António Costa

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Manuel de Almeida / Lusa

O Chega anunciou que decidiu interpor um processo judicial contra o primeiro-ministro, António Costa, devido a declarações do líder do PS, que acusou aquele partido de ser de “extrema-direita xenófoba e racista”.

“A Direção Nacional do Chega, após reunir em plenário, decidiu avançar judicialmente contra o primeiro-ministro português, dr. António Costa, por ter apelidado o partido de ‘extrema-direita, xenófoba e racista’ e ‘o pior que existe na Europa’, lê-se em comunicado.

Segundo os dirigentes da força política dirigida por André Ventura, “o Chega é um partido legítimo, legalizado pelo Tribunal Constitucional português e, portanto, nunca poderia ter as características criminosas que são elencadas” pelo chefe do Governo”.

“António Costa terá de responder pelas afirmações que fez, previsivelmente junto do Supremo Tribunal de Justiça”, prevê a direção do Chega.

O partido anunciou ainda que vai entregar “um voto de condenação formal na Assembleia da República ao primeiro-ministro “pelas lamentáveis declarações feitas e que colocam em causa não apenas o Chega como também o PSD e o CDS, devido ao atual contexto de governação nos Açores”, desejando que sociais-democratas e democratas-cristãos votem favoravelmente.

“Por fim, o Chega lamenta que um primeiro-ministro revele total desnorte e desonestidade num momento em que começa a ver o poder fugir-lhe das mãos e não hesite em denegrir se forma brutal e mentirosa os seus adversários políticos”, lê-se ainda.

“Um partido da direita xenófoba”, disse Costa

Segunda-feira em entrevista à TVI, Costa defendeu ser um fator “da maior gravidade” os sociais-democratas em Portugal terem dado “um passo que a direita democrática na Europa tem resistido a dar, que é fazer um acordo com um partido da direita xenófoba”.

O líder do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, foi indigitado no sábado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.

O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados. PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).

Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Se eu fosse advogado, estaria muito contente. Mas como apenas sou sujeito passivo tributário, um dos que pagam as birras daquela canalha, lamento os que votam naquela extrema direita e espero bem que eles pagam mais impostos que eu.

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