Biden sente-se pronto para “enfrentar as batalhas” e assume: “Não vou ser um Presidente que divide, mas um que une”

No seu primeiro discurso como Presidente eleito, Joe Biden propôs a uma América profundamente dividida que aceite o compromisso de cooperação e união. “Vamos ser a nação que sabemos que podemos ser. Uma nação unida, uma nação fortalecida, uma nação curada”, pediu.

Joe Biden estendeu a mão aos quase 71 milhões de norte-americanos que votaram em Donald Trump nas eleições presidenciais e referiu que vai trabalhar para unir o povo americano. “Este é o momento de curar as feridas”, disse, prometendo “não ser um Presidente que divide, mas um que une”.

O Presidente eleito dedicou a primeira parte do seu discurso a encerrar a “era sombria”, como lhe chamou. Não falou diretamente para Trump, mas sim para os seus seguidores. “Vamos deixar de tratar os nossos opositores como inimigos. Não são inimigos, são americanos”, afirmou.

Biden deixou claro que está ciente de que a polarização e o clima de agressividade entre as duas metades da América, expresso na campanha eleitoral e nos dias entre a eleição e o da divulgação dos resultados, vai definir a sua presidência. “Agora que campanha acabou, qual é o nosso mandato?”, questionou.

O democrata relembrou que chega à Casa Branca no dia 20 de Janeiro de 2021, quando o mandato de Trump termina, e nessa altura vai restaurar a “decência” e a “esperança”, bem como “enfrentar as batalhas do nosso tempo”, referindo-se ao vírus da covid-19. Biden garantiu assistência médica aos cidadãos, e falou ainda em questões climáticas.

O vencedor das eleições destacou trouxe à tona a diversidade da sociedade americana, que estende-se desde os brancos, latinos, comunidade LGBTI, nativos americanos ou afro-americanos. Foi uma frase longa para incluir todos, que arrancou aplausos no parque de estacionamento de Wilmingon, no estado do Delaware, onde falou.

O futuro presidente garantiu que a sua primeira preocupação, quando tomar posse a 20 de Janeiro, é trabalhar para controlar o novo coronavírus. “É a única maneira de recuperarmos a nossa vida”, destacou. “Na segunda-feira, vou nomear uma equipa de cientistas de renome que vão ajudar a conceber o plano Biden-Harris Covid e transformá-lo num plano de ação que vai começar a 20 de Janeiro de 2021”.

É o momento de “curar as feridas”, foi repetindo, de formas diferentes, para concluir que é possível. “Yes, de can”, disse, citando a frase de Barack Obama de quem foi vice-presidente durante oito anos.

“Vamos ser a nação que sabemos que podemos ser. Uma nação unida, uma nação fortalecida, uma nação curada”, disse o Presidente eleito, pedindo aos americanos que cooperem, que aceitem o compromisso que lhes estava a propor.

Para finalizar, pediu-lhes com uma última frase: “espalhem esta fé”.

ZAP //

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