O novo confinamento no Reino Unido arranca esta quinta-feira e já há relatos de prateleiras vazias nos supermercados, com diferentes lojas a garantir a existência de stock e apelar à calma dos clientes.
A chegada de um novo confinamento no Reino Unido — que começa a partir desta quinta-feira e apenas termina passado um mês — fez com que algumas pessoas entrassem em pânico e esvaziassem prateleiras de supermercados, uma imagem que faz recordar o primeiro lockdown em março.
De acordo com a Sky News, vários utilizadores partilharam nas redes sociais fotografias de prateleiras vazias, onde antes estavam rolos de papel higiénico, pão, vegetais ou carne, independentemente do facto de as lojas em questão permanecerem abertas e insistirem que não há escassez de stock.
Apesar de as lojas não essenciais fecharem as portas esta quinta-feira, as lojas de comida, os supermercados, centros de jardinagem e outras lojas que fornecem bens e serviços essenciais irão permanecer abertas.
Maria White, uma cidadã daquele país, fez compras num Lidl em Burgess Hill na noite de segunda-feira e disse que o facto de ver as prateleiras vazias fez com que outros clientes comprassem produtos extra.
“Um senhor comprou cerca de 30 garrafas de água de dois litros cada e outra senhora pegou em cerca de dez pacotes de massa e alguns molhos”, disse Maria White, de 35 anos, citada pela Sky News.
“Acho que é uma reação um tanto egoísta e desnecessária, visto que os supermercados e lojas não irão fechar durante o confinamento. E acredito que terão produtos suficientes”, acrescentou.
Em março, várias cadeias de supermercados no Reino Unido introduziram limites na compra de itens considerados importantes. Retalhistas como a Morrisons ou a Tesco voltaram a introduzir estas regras nas últimas semanas à medida que os casos de infeção foram aumentando no país, usando políticas como a limitação de três itens por cliente em bens essenciais.
O Lidl, por exemplo, garante que as lojas estão a ser reabastecidas todos os dias e aconselha os clientes a não comprarem em excesso: “Esse produto que quer comprar ‘por precaução’ pode ser essencial para alguém mais vulnerável que não possa visitar a loja várias vezes”.
Um porta-voz da Tesco assegurou ainda à Sky News: “Temos boa disponibilidade de produtos nas lojas e online, com bastante stock para todos, e encorajamos os nossos clientes a comprar com normalidade.”
Na conferência de imprensa de sábado, Boris Johnson pedia a todos para permanecerem em casa o máximo de tempo possível durante quatro semanas, com a exceção das idas à escola, ao médico ou para a compra de bens essenciais.
O lockdown no Reino Unido só deverá terminar a 2 de dezembro.
Gente estúpida que não faz falta à sociedade. Se houver hard brexit vai ser uma desgraça.