Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido, é apontado como um dos principais candidatos a liderar o Partido Conservador nas legislativas de 2024.
Rishi Sunak é o ministro das Finanças com maior taxa de aprovação a nível nacional desde o trabalhista Denis Healey, em 1978, e é o membro do Governo britânico mais popular entre os militantes conservadores.
Uma sondagem, divulgada no início de outubro pelo Conservative Home, revela que Sunak tem uma taxa de aprovação líquida de 81,5% e uma vantagem considerável para os seguintes na lista: Elizabeth Truss (ministra do Comércio Internacional) tem 69,7%, Dominic Raab (ministro dos Negócios Estrangeiros) tem 59,7% e Michael Gove (líder do Conselho de Ministros) fica-se pelos 56,4%.
Boris Johnson ganha o penúltimo lugar de uma lista com 27 nomes, com uma taxa negativa de 10,3%. Só é “superado” pelo último lugar do ministro da Educação, Gavin Williamson (-43,1%).
O chefe do Governo britânico é um líder desgastado pela gestão controversa da pandemia. Segundo o Público, o mandato de Boris Johnson está a ser avaliado negativamente pela opinião pública. A perda da vantagem de 26 pontos percentuais que os conservadores tinham sobre o Partido Trabalhista, de Keir Starmer, em apenas cinco meses, fragiliza-o também internamente.
Pelo contrário, Rishi Sunak é um dos rostos que tem merecido a aprovação da opinião pública – tanto pelos jornais conservadores britânicos como por alguns dos principais grupos sindicais, como o Trades Union Congress.
A sucessão do primeiro-ministro britânico é um assunto precoce, uma vez que Boris Johnson só está no cargo há pouco mais de um ano. No entanto, realça o diário, a pandemia mostrou que, por mais planeadas que sejam, não há narrativas políticas ou programadas que sejam inabaláveis.
A verdade é que Boris está hoje politicamente mais frágil desde que substituiu Theresa May, em julho do ano passado. Ao mesmo tempo, o ministro das Finanças é hoje apontado como um dos principais candidatos a liderar o Partido Conservador nas legislativas de 2024.
O governante, encarregue da pasta das Finanças, formou-se em Filosofia, Política e Economia na Universidade de Oxford, trabalhou para a Goldman Sachs e para dois fundos de investimento, e chegou à política ativa em 2015, depois de ter sido eleito deputado, pelo círculo eleitoral de Richmond.
Boris Johnson nomeou-o secretário-chefe do Tesouro quando chegou a primeiro-ministro e convocou-o para os debates televisivos durante a campanha para as últimas legislativas. Em fevereiro, Sunak foi promovido a ministro das Finanças britânico, na sequência da demissão inesperada de Sajid Javid durante uma remodelação governamental conduzida pelo primeiro-ministro.
O Público realça que o perfil do ministro é significativamente diferente do de Boris: é calmo, bom comunicador, pragmático e atento ao detalhe, ao contrário do primeiro-ministro, que é impulsivo e inconsistente.
Em declarações à Bloomberg, um deputado conservador admitiu que “[Sunak] está a percorrer o caminho de um primeiro-ministro“. “As pessoas olham para ele e percebem que é esperto, é agradável e é bem-educado. O que há para não se gostar?”