A partir de hoje os preços dos combustíveis irão baixar, e esta será a maior queda do mês. No que diz respeito ao preço da gasolina, esta deverá cair um cêntimo para 1,387€ por litro. No caso do gasóleo, irá registar-se a mesma queda e este passará a ter o custo de 1,197€ por litro.
Esta descida acontece numa altura, em que o Banco Mundial garante que o preço do petróleo vai-se manter baixo além de 2021.
“Os preços do petróleo devem aumentar muito gradualmente face aos níveis atuais e chegar a uma média de 44 dólares em 2021, subindo face aos estimados 41 dólares por barril este ano, num contexto de uma recuperação lenta da procura e um abrandamento nas restrições à oferta”, pode ler-se no relatório sobre a evolução das matérias-primas.
Segundo o documento do BM, divulgado na sequência dos Encontros Anuais do banco e do Fundo Monetário Internacional (FMI), “quase todos os preços das matérias-primas recuperaram no terceiro trimestre deste ano, depois de fortes declínios no início do ano devido à pandemia de covid-19”.
Em comparação com os níveis registados em abril, “os preços do crude duplicaram, sustentados nos fortes cortes à produção decretados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas continuam um terço mais baixos face aos níveis anteriores à pandemia”, diz ainda no relatório.
De acordo com os analistas do Banco Mundial, “o principal risco à previsão sobre os preços das matérias-primas é a duração da pandemia, incluindo o risco de intensificação de uma segunda vaga no hemisfério Norte e a rapidez com que a vacina é desenvolvida e distribuída”.
Ainda assim, e tendo em conta o que noticia o Sol, a evolução dos custos depende de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.
Neste sentido os dados não são animadores. O último relatório de Bruxelas mostra que, depois de impostos, o preço médio da gasolina 95 praticado em Portugal é o quinto mais caro em toda a União Europeia.
O gasóleo ocupa a 10ª posição entre os países do espaço comunitário. Os mesmos dados mostram que a fiscalidade é o fator que mais pesa nos preços dos combustíveis em Portugal.