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Inventor dinamarquês que matou jornalista no seu submarino escapou da prisão (mas já foi apanhado)

Bax Lindhardt Denmark Out / EPA

O inventor Peter Madsen depois de ter sido resgatado do naufrágio do seu submarino

O inventor dinamarquês Peter Madsen, condenado a prisão perpétua por torturar e assassinar a jornalista sueca Kim Wall, fugiu da prisão esta terça-feira.  As autoridades dinamarquesas capturaram-no minutos depois.

Peter Madsen, o dinamarquês condenado a prisão perpétua pelo assassinato da jornalista sueca Kim Wall, foi detido na terça-feira depois de ter escapado (ainda que por pouco tempo) da prisão, disse a polícia dinamarquesa.

As autoridades foram notificadas de que havia uma fuga da prisão de Herstedvester em Albertslund, na Dinamarca, terça de manhã, disse o departamento de polícia de Copenhaga Ocidental num comunicado.

Mas, passados uns minutos, as autoridades locais cercaram e algemaram o fugitivo, que era Madsen, de 49 anos. O inventor dinamarquês terá fugido após manter um funcionário da prisão como refém, ameaçando-o com objetos que pareciam uma pistola e um cinto explosivo, revelou a Reuters.

Madsen foi detido ainda perto da prisão e “nada indica que o cinto contivesse explosivos”, disse Mogens Lauridsen, agente da polícia.

De acordo com o The Washington Post, o diretor prisional Hanne Hoegh Rasmussen disse que ninguém tinha ficado ferido e que os funcionários da prisão estavam a receber apoio psicológico após o incidente. Além disso, Madsen será acusado de tentativa de fuga.

O ministro da Justiça dinamarquês, Nick Haekkerup, disse em comunicado que as autoridades irão “implementar uma série de outras medidas contra a fuga de prisioneiros num futuro próximo”. “Nem é preciso dizer que os presos que cometeram os piores crimes possíveis não deveriam poder escapar da custódia das autoridades”, disse.

Assassinato da jornalista sueca Kim Wall

Kim Wall, de 30 anos, desapareceu no dia 10 de agosto de 2017, depois de embarcar no submarino privado de Madsen para uma entrevista.

O inventor dinamarquês negou, inicialmente, qualquer envolvimento no seu desaparecimento, alegando tê-la deixado em Copenhaga depois da viagem. Mas acabou por confessar, mais tarde, que a tinha deitado ao mar, após um acidente a bordo.

Entretanto, as autoridades recuperaram o corpo desmembrado da jornalista de 30 anos e, em 2018, Madsen foi considerado culpado de agressão sexual, assassinato premeditado e manuseio indecente de um cadáver.

Durante a sua sentença em abril de 2018, a juíza Anette Burkoe disse que Madsen assassinou Wall de “maneira séria e brutal”.

ZAP //

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