A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta terça-feira que o Estado deve disponibilizar gratuitamente testes covid-19 a empresas que lidam diretamente com o público, como é o caso dos trabalhadores do setor.
No seu boletim diário, a AHRESP diz que teve conhecimento “de que muitas empresas estão a realizar testes Covid-19 aos seus trabalhadores, representando já para muitas um encargo considerável”.
“Estes testes têm sido realizados a trabalhadores que apresentam sintomas relacionados com a Covid-19, sentindo-se as empresas na obrigação de o fazer, quer por uma questão de responsabilidade para salvaguarda da saúde pública, quer também por ‘imposição’ dos restantes trabalhadores, que se recusam a prestar atividade junto de alguém que pode ser considerado um caso suspeito”, lê-se no documento.
Tendo em conta a época de gripes que se inicia, continua a AHRESP, a questão assume maior relevância, “pelo que deve o Estado disponibilizar gratuitamente testes para as empresas, especialmente para aquelas que lidam diretamente com o público, como é o caso do alojamento turístico e da restauração e similares”.
“Além de contribuir para a confiança dos consumidores, esta seria uma medida que permitiria a identificação de casos positivos e a não propagação exponencial da doença, como ameaça vir a acontecer”, sublinha a associação.
Além disso, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse à agência Lusa que o setor deseja, no âmbito da reestruturação da TAP, uma companhia aérea dimensionada à escala do turismo nacional, “rentável e que sirva o país”.
Em entrevista à agência Lusa, Raul Martins afirmou que o que a AHP quer para a TAP “é que seja rentável e que sirva o país”, sublinhando, porém, não querer uma TAP “pequenina”, mas sim “dimensionada à escala daquele que seja o turismo nacional”.
O presidente da AHP defendeu que o desenvolvimento da transportadora aérea nos últimos anos, com a gestão privada, “não era tanto servir o país turístico”, mas mais atingir objetivos de resultados, “que, afinal, foram negativos”.
Em relação à operação da companhia aérea no Porto, Raul Martins disse não compreender como é que aquela cidade foi colocada numa “situação de segunda opção” e entende que reduzir as ligações com o Porto foi uma decisão “pouco curial”.
Porém, o presidente da AHP disse ter informação de que está a ser feito um levantamento pela TAP das necessidades do Porto em termos de operação – bem como da Madeira e dos Açores -, no âmbito do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia, que “vai fazer com que o Porto volte a ter a importância que deve em termos turísticos”.
Depois de várias rondas negociais, TAP e Estado chegaram a acordo e teve o caminho livre para a compra das participações sociais, direitos económicos e prestações acessórias de David Neeleman e da Azul, pagando 55 milhões de euros. Humberto Pedrosa mantém-se na companhia, com 22,5%. O negócio concretiza a posição de 72,5% do Estado na TAP.
No seguimento da aprovação pela Comissão Europeia de um auxílio estatal à TAP, o grupo aéreo procedeu a uma consulta no mercado para selecionar uma entidade que preste serviços de consultoria, no sentido de auxiliar na elaboração de um plano de reestruturação, a apresentar à Comissão Europeia.
ZAP // Lusa
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